quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Amor, Egoísmo, Orgulho e Ódio

Quando viemos ao mundo, aprendemos que devemos amar uns aos outros.
Viemos para amar nossos pais, nossos irmãos, nossos próximos
e até mesmo aqueles que nos querem e nos desejam o mal, ou seja, amar até mesmo os nossos inimigos.

A partir do nosso crescimento aprendemos que devemos perdoar principalmente,
a quem nos ofende, a quem nos julga, nos defama.
Aprendemos que devemos ajudar aqueles que nescessitam da nossa ajuda 

E que além de amar devemos respeitar, ousar ser sincero.
Usar de honestidade e que não devemos ser orgulhosos e,
egoístas. mas na verdade, nunca seguimos, pois fazemos tudo
ao contrário, os nossos dez mandamentos que aprendemos são eles

1 - julgar, sem ter a certeza, julgar apenas pelo que ouviu.
2 - matar, por pouca coisa, por mulher, por dinheiro ou por drogas
3 - roubar, até mesmo aquele que considera seu amigo, seu irmão e seus pais
4 - desejar a mulher de teu próximo mesmo quando ele está próximo
5 - cometer adultério, pois um só nao satisfaz tem que ser muitos(as)
6 - tomar em vão o nome do Senhor teu Deus (a maioria usa e faz juramentos falsos)
7 - prestar falso testemunho contra o teu próximo, para conseguir o que é dele.
8 - não honrar pai e mãe, se puder matá-los melhor ainda
9 - desejar a casa do teu próximo, desejar tudo que seja dele
10 - não perdoar, não amar, não ajudar o teu próximo, pois é cada um para si, não santificar aos sábados pois tem que trabalhar, temos que aumentar nosso dinheiro, nossa riqueza.
O que fizemos com nossos mandamentos, nunca seguimos, jogamos ele no lixo da nossa arrogancia, do nosso orgulho, do nosso egoísmo, do nosso ódio, da nossa sede de vinganca.

Haverá maiores tormentos do que aqueles causados pela inveja e pelos ciúmes? O sucesso de seus rivais lhes causam vertigens, seu único interesse é o de menosprezar os outros e cuja cobica envenena suas vidas. E é sem razão que se aponta o fato de não se lembrar das suas vidas anteriores como a um obstáculo para que delas possa tirar experiências que nelas vivemos poderia em alguns casos nos humilhar muito, ou ainda excitar nosso orgulho e ocasionaria invitavéis pertubações.

Se relacionados com a mesma pessoa a fim de reparar o mal que os tenha feito, se reconhecessemos nelas que a odiamos talvez nosso ódio se revelasse outra vez, e sempre nos sentiríamos humilhados diante daqueles que nos ofendeu.

As contrariedades da vida são de duas origens bem diferentes.
Quantos homens caem por causa de sua propia culpa? Quantos são vitimas do seu desleixo, imprevidência, orgulho e ambiçao? Quantas pessoas arruinadas pela desordem, desânimo, má conduta ou por não limitarem seus desejos?

Quantas uniões infelizes, fruto do interesse e da vaidade e nas quais o coração não serviu para nada! Quantos desentendimentos e desastrosas disputas se evitariam com pouco mais de calma e com menos melindres! Quantas doencas e enfermidades resultam da imprudência e excesso de toda ordem!

Quantos pais são infelizes por causa dos filhos, por não combaterem neles desde pequenino as manisfestacões de suas más tendências! Por indiferença e comodismo, deixaram desenvolver neles os germens do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade que ressecam o coração, e depois mais tarde, ao colherem o que semearam, espantam-se e aflingem-se com a falta de respeito e a ingratidão deles. 

E ao serem feridos no coração pelas contrariedades da vida e as decepçôes da vida interroguem friamente suas conciências. Que busquem primeiro a origem dos males que os afligem e sintam-se na maioria das vezes, não podem dizer: se eu tivesse feito isso ou deixado de fazer tal coisa, não estaria nessa situação.

A quem culpar então, por todas essas aflicões, senão a nós mesmos?
Deste modo somos na maioria dos casos os autores dos nossos próprios infortúnios, mas ao invés de reconhecermos, achamos mais conveniente e menos humilhante para a nossa vaidade acusar a sorte, a providência, o azar, nossa má estrela, quando na verdade nossa má estrela é a nossa negligência.

Nem sempre podemos confiar nas aparências a educação e a vivência do mundo podem dar o verniz dessas qualidades.
Quantas há cuja fingida bondade nada mais é do que uma máscara para o exterior, uma roupagem, cuja aparência bem talhada e calculada disfaça as deformidades escondidas! O mundo está repleto de pessoas que têm o sorriso nos lábios e o veneno no coração; que são mansas sobre as condiçao de nada nos machucar, mas...
que mordem à menor contrariedade, cuja língua dourada, quando falam face a face, se transforma em dardo envenenado, quando estão por detrás.
São pessoas benignas por fora e que tiranos, domésticos, fazem sua família e seus subordinados sofrer com o peso de seu orgulho e de sua tirania, querendo compensar assim o constrangimento a que submetem fora de casa, querem pelo menos ser temidos pelos que não podem resistir-lhes. Sua vaidade alegra-se por poder dizer; "Aqui eu mando e sou obedecido"; sem se lembrar de que poderiam acrescentar com mais razão; "E sou detestado".

"As pessoas viciosas são aquelas que vulgarmente ama mais o corpo do que a alma. O amor está por toda a natureza e nos convida a exercitar nossa inteligência. 'E encontrado até mesmo nos movimentos dos astros. 'E o amor que enfeita a natureza com seus ricos tapetes ele se enfeita e fixa sua morada onde encontra flores e perfumes
'E ainda o amor que dá a paz a todos nós, acalma ao mar o silêncio os ventos e o descanso a dor". 

Na lei do amor Deus quis que os seres se unissem não só pelos laços da carne mas também sim pelos lacos da alma! Afim de que as feições mútuas fossem dois ao invés de um, mas na maioria das vezes esse sentimento é rompido, o que se procura não é satisfação do coracão e, sim, a do orgulho a ambição e da vaidade.
E que o juramento que se pronuncia nos pés do altar se torna má falsidade então surgem as uniões infelizes.

Algumas vezes a experiência vem um pouco tarde, quando a vida já está perturbada e foi desperdiçada, as forças desgastadas e o mal já não tem mais remédio. 
Todos os homens, desde a infância, fazem mais o mal do que o bem e a sabedoria está em não pensares que sabes o que não sabes.
Isso se dirige aos que criticam as coisas que muitas vezes desconhecem.
Allan Kardec

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Consciência e Evolução

O despertar da consciência faculta a responsabilidade a respeito dos atos, face ao desabrochar dos códigos divinos que jazem em germe no ser.
Criado simples e ignorante , o espírito tem como fatalidade a perfeição que lhe está destinada. Alcançá-la com rapidez 
ou demorar-se por consegui-la, depende da sua vontade , do seu livre-arbítrio.
Passando pela fieira da ignorância , adquiriu experiências mediante as quais pode discernir entre o que deve e o que lhe não é lícito realizar, optando pelas ações que lhe proporcionem ventura, bem-estar, sem os efeitos perniciosos, aqueles que se tornam desgastantes, afligentes.
Desse modo, torna-se responsável pelo seu destino, que está a construir, modificar, por meio das decisões e atitudes que se permita.
O bem é-lhe o fanal , e este se constitui de tudo aquilo que é conforme as leis de Deus, que são naturais, vigentes em toda parte.
A herança da ignorância primitiva prende-o no mal, que é contrário à lei de progresso, não , porém, retendo-o indefinidamente e impossibilitando-o de ser feliz.
Cumpre-lhe , portanto envidar esforços e romper os elos com a retaguarda, avançando nas experiências iluminativas, a principio com dificuldade, face à viciação instalada, para depois acelerar os mecanismos de desenvolvimento, por força mesmo do prazer e alegria fruídos.
Lentamente, em razão da própria consciência , descobre os tesouros preciosos que lhe estão à disposição e dos quais pode utilizar-se com infinitos benefícios.
Saúde e doença , paz e conflito, alegria e tristeza podem ser elegidos através do discernimento que guia as ações. Sem essa claridade, os estados negativos tornam-se-lhe habituais e , mesmo quando estabelecidos, podem alterar-se através do empenho empregado para vencê-los.
Nunca te entregues à desesperança, ao abandono. Não és uma pedra solta,
no leito do rio do destino, a rolar incessantemente. Tens uma meta, que
te aguarda e que alcançarás.
Penetra-te , mediante a reflexão, e descobre as tuas incalculáveis possibilidades de realização.
Afirma-te o bem , a fim que o seu germe em ti fecunde e cresça. Serás o que penses e planejes, pois que da tua mente e do sentimento procedem os valores que são cultivados.
O teu estado natural é saúde. As enfermidades são os acidentes de trânsito das ações negativas, propiciando-te reabilitação. È indispensável manteres atenção e cuidado na conduta do veículo carnal.
Assim , pensa no bem-estar, anela-o, estimulando-o com realizações corretas.

A tua constituição é harmônica. Os desequilíbrios são ocorrências, na corrente elétrica do teu sistema nervoso, por distorção de carga que as sensações cultivadas proporcionam . Mantém os interruptores da vigilância ligados, a fim de que impeçam as altas voltagens que os produzem.
Em tua origem és luz avançando para a grande luz. Só há sombras porque ainda não te dispuseste a movimentar os poderosos geradores de energia adormecida no teu interior. Faze claridade, iniciando com a chispa da boa vontade e deixando-a crescer até alcançar toda a potência de que dispõe.
O amor é o teu caminho, porque procede de Deus, que te criou. Desse modo
verticaliza as tuas aspirações e agiganta os teus sentimentos na direção da causalidade primeira.
Tudo podes, se quiseres.
Tudo lograrás se te dispuseres.
Buscando penetrar na ordem das divinas leis que propiciam o entendimento da vida, ALLAN KARDEC interrogou as venerandas entidades, conforme registrou na questão 117 de O Livro dos Espíritos :
Depende dos espíritos o progredirem mais ou menos rapidamente para a perfeição ?
Certamente. Eles a alcançam mais ou menos rápido conforme o desejo que têm de alcança-la e a submissão que testemunham à vontade de Deus. Uma criança dócil não se instrui mais depressa do que outra recalcitrante?


Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Momentos de Consciência