terça-feira, 23 de setembro de 2014

Histórias contadas por Jesus


Em seu segundo ano de peregrinações, Jesus começa a falar ao povo por meio de parábolas. Os apóstolos, surpresos com a mudança no modo de Jesus se dirigir à multidão, perguntam:
Por que lhes falas por parábolas?  (Mateus 13:10, Marcos 4:10)

Quantas são as parábolas de Jesus de Nazaré?
Se relacionarmos aquelas parábolas descritas pelos evangelistas, serão 44 as parábolas de Jesus.

Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever. (João, 21:25)

Vamos conhecer uma passagem nova, que se dá com o apóstolo Bartolomeu na casa de Simão Pedro em Cafarnaum. Ali Jesus conta mais uma parábola que não está narrada pelos evangelistas. Trata-se de uma das histórias que Jesus contava aos discípulos mais próximos, e que não contém os enigmas próprios das parábolas.
Bartolomeu nascera de uma família laboriosa de Canã da Galiléia.
Seu melhor amigo era Felipe e ambos eram viajantes. Foi o apóstolo Felipe que o apresentou ao Messias. Até este seu primeiro encontro com Jesus, Bartolomeu era cético e às vezes irônico com relação às coisas de Deus. Porém, depois de convertido, tornou-se um dos apóstolos mais ativos e presentes na vida pública de Jesus. Mas a melhor descrição que temos de Bartolomeu foi feita pelo próprio Mestre: "Eis um verdadeiro israelita no qual não há fingimento" (João 1,47).

A resposta Celeste, livro Jesus no Lar (Neio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xavier)

Solicitando Bartolomeu esclarecimentos quanto às respostas do Alto às súplicas dos homens, respondeu Jesus para elucidação geral:
— Antigo instrutor dos Mandamentos Divinos ia em missão da Verdade Celeste, de uma aldeia para outra, profundamente distanciadas entre si, fazendo-se acompanhar de um cão amigo, quando anoiteceu, sem que lhe fosse possível prever o número de milhas que o separavam do destino.
Reparando que a solidão em plena Natureza era medonha, orou, implorando a proteção do Eterno Pai, e seguiu.
Noite fechada e sem luar, percebeu a existência de larga e confortadora cova, à margem da trilha em que avançava, e acariciando o animal que o seguia, vigilante, dispôs-se a deitar-se e dormir. Começou a instalar-se, pacientemente, mas espessa nuvem de moscas vorazes o atacou, de chofre, obrigando-o a retomar o caminho.
O ancião continuou a jornada, quando se lhe deparou volumoso riacho, num trecho em que a estrada se bifurcava. Ponte rústica oferecia passagem pela via principal, e, além dela, a terra parecia sedutora, porque, mesmo envolvida na sombra noturna, semelhava-se a extenso lençol branco.
O santo pregador pretendia ganhar a outra margem, arrastando o companheiro obediente, quando a ponte se desligou das bases, estalando e abatendo-se por inteiro.
Sem recursos, agora, para a travessia, o velhinho seguiu pelo outro rumo, e, encontrando robusta árvore, ramalhosa e acolhedora, pensou em abrigar-se, convenientemente, porque o firmamento anunciava a tempestade pelos trovões longínquos. O vegetal respeitável oferecia asilo fascinante e seguro no próprio tronco aberto. Dispunha-se ao refúgio, mas a ventania começou a soprar tão forte que o tronco vigoroso caiu, partido, sem remissão.
Exposto então à chuva, o peregrino movimentou-se para diante.
Depois de aproximadamente duas milhas, encontrou um casebre rural, mostrando doce luz por dentro, e suspirou aliviado.
Bateu à porta. O homem ríspido que veio atender foi claro na negativa, alegando que o sítio não recebia visitas à noite e que não lhe era permitido acolher pessoas estranhas.
Por mais que chorasse e rogasse, o pregador foi constrangido a seguir além.
Acomodou-se, como pode, debaixo do temporal, nas cercanias da casinhola campestre; no entanto, a breve espaço, notou que o cão, aterrado pelos relâmpagos sucessivos, fugia a uivar, perdendo-se nas trevas.
O velho, agora sozinho, chorou angustiado, acreditando-se esquecido por Deus e passou a noite ao relento. Alta madrugada, ouviu gritos e palavrões indistintos, não podendo identificar de onde vinham nem que os emitiam.
Intrigado, esperou o alvorecer e, quando o Sol ressurgiu resplandecente, ausentou-se do esconderijo, vindo a saber, por intermédio de camponeses aflitos, que uma quadrilha de ladrões pilhara a choupana onde lhe fora negado o asilo, assassinando os moradores.
Repentina luz espiritual aflorou-lhe na mente.
Compreendeu que a Bondade Divina o livrara dos malfeitores e que, afastando dele o cão que uivava, lhe garantira a tranquilidade do pouso.
Informando-se de que seguia em trilho oposto à localidade do destino, empreendeu a marcha de regresso, para retificar a viagem, e, junto à ponte rompida, foi esclarecido por um
lavrador de que a terra branca, do outro lado, não passava de pântano traiçoeiro, em que muitos viajores imprevidentes haviam sucumbido.
O velho agradeceu o salvamento que o Pai lhe enviara e, quando alcançou a árvore tombada, um rapazinho observou-lhe que o tronco, dantes acolhedor, era conhecido covil de lobos.
Muito grato ao Senhor da vida que tão milagrosamente o ajudara, procurou a cova onde tentara repouso e nela encontrou um ninho de perigosas serpentes.
Endereçando infinito reconhecimento ao Céu pelas expressões de variado socorro que não soubera entender, de pronto, prosseguiu adiante, são e salvo, para desempenho de sua tarefa.
Nesse ponto da curiosa narrativa, o Mestre fitou Bartolomeu demoradamente e terminou:
— O Pai ouve sempre as nossas rogativas, mas é preciso discernimento para compreender as respostas d’Ele e aproveitá-las.



terça-feira, 9 de setembro de 2014

Todo espírita faz a reforma íntima

Os espíritas têm executado diariamente como primeiro passo para a efetivação da reforma íntima, a realização das indagações à consciência sugeridas por Agostinho, conforme encontram-se alinhadas na questão 919-A de O Livro dos Espíritos. Sugerimos aqui, o segundo passo que consiste em seguir o conselho de Léon Denis para a renovação mental. 

No livro O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Léon Denis diz:
“Olhemos atentamente para o fundo de nós mesmos, fechemos nosso entendimento às coisas externas e, depois de havermos habituado nossos sentidos psíquicos à escuridade e ao silêncio, veremos surgir luzes inesperadas, ouviremos vozes fortificantes e consoladoras.(Página 311)
“Por que meio poremos em movimento as potências internas e as orientaremos para um ideal elevado? Pela vontade! O uso persistente, tenaz, desta faculdade soberana permitir-nos-á modificar a nossa natureza, vencer todos os obstáculos, dominar a matéria, a doença e a morte.” (Página 312)
“É pela vontade que dirigimos nossos pensamentos para um alvo determinado.”(Página 312)
“Ela (a vontade) pode agir tanto no sono como na vigília, porque a alma valorosa, que para si mesma estabeleceu um objetivo, procura-o com tenacidade em ambas as fases de sua vida e determina uma corrente poderosa, que mina devagar e silenciosamente todos os obstáculos.” (Página 313)
 “Basta-vos querer para sentirdes o despertar em vós de forças desconhecidas. Crede em vós, em vosso rejuvenescimento em novas vidas; crede em vossos destinos imortais. Crede em Deus. Sol dos sóis, foco imenso, do qual brilha em vós uma centelha, que se pode converter em chama ardente e generosa!” (Página 320)

        “Falamos incidentemente do método a seguir para o desenvolvimento dos sentidos psíquicos. Consiste em insular-se uma pessoa em certas horas do dia ou da noite, suspender a atividade dos sentidos externos, afastar de si as imagens e ruídos da vida externa, o que é possível fazer mesmo nas condições sociais mais humildes, no meio das ocupações vulgares. É necessário, para isso, concentrar-se e, no calmo recolhimento do pensamento fazer um esforço mental para ver e ler no grande livro misterioso o que há em nós. Nesses momentos apartai de vosso espírito tudo o que é passageiro, terrestre, variável. As preocupações de ordem material criam correntes vibratórias horizontais, que põem obstáculos às radiações etéreas e restringem nossas percepções. Ao contrário, a meditação, a contemplação e o esforço constante para o bem e o belo formam correntes ascensionais, que estabelecem a relação com os planos superiores e facilitam a penetração em nós dos eflúvios divinos. Com este exercício repetido e prolongado, o ser interno acha-se pouco a pouco iluminado, fecundado, regenerado. Esta obra de preparação é longa e difícil, reclama às vezes mais de uma existência. Por isso, nunca é cedo demais para empreendê-las; seus bons efeitos não tardarão a se fazer sentir.” (Página 340 / 341)

    

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A reencarnação ensinada através dos tempos


Vedas, escrituras sagradas de várias religiões da Índia (2500 anos antes de Cristo): “A alma é imortal e a evolução progressiva, só os que atingiram a perfeição não voltam”.

Papiro Anana, do Egito (1320 anos antes de Cristo): “O homem volta à vida várias vezes, disso se recorda em sonho ou por algum acontecimento relacionado a outra vida.”

Zoroastro (700 anos antes de Cristo): “Se alguém expia, e não faz jus a isto nesta vida, fê-lo em anterior”.

Buda (600 anos antes de Cristo): "Que julgais ser maior, a água do vasto oceano ou as lágrimas que vertestes quando, na longa caminhada, errastes de renascimento em renascimento?"