sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Parábola Os Trabalhadores da Última Hora

            A parábola nos faz refletir sobre diversos temas que poderíamos abordar. Mas o que está muito claro e é muito curioso, é quando fala dos trabalhadores que foram trabalhar na “vinha”. Onde seria a vinha? Deus, segundo a Doutrina Espírita tem várias vinhas, mas a parábola se refere a nossa vinha, nosso planeta Terra, onde estão plantadas as vinhas de Deus, ou seja, seus filhos, nós. “Jesus, empregava a simplicidade dos símbolos em sua linguagem”, assim disse Constantino, o Espírito Protetor que nos fala no Evangelho, e podemos comprovar essa simbologia quando lemos outras de suas parábolas.
              Bom, voltemos à vinha! O Reino dos Céus contratou trabalhadores para que trabalhassem nessa vinha, porque elas precisam ser regadas e que tratem o solo, para quando vierem frutos elas estejam fortes e tenham frutos doces. A parábola diz que esses trabalhadores terão um dia, que para nós significa um ciclo de mudança na terra. De acordo com essa ideia, porque lembram-se, estamos desmistificando uma parábola de Jesus; os trabalhadores da primeira hora foram Moisés, os Profetas e os Espíritos superiores que reencarnaram para iniciar as diversas etapas do progresso. Eles foram os porta-vozes da Espiritualidade. Depois, ainda cita que na segunda hora foram os primeiros mártires, aqueles que deram a sua vida pelo Cristianismo: os apóstolos, os sábios, os filósofos, Pais da Igreja, como Santo Agostinho; que nos deixaram grandes ensinamentos. Depois o Reino dos Céus chamou na terceira, na sexta e na nona hora do dia mais trabalhadores, que são aqueles que vieram a Terra para continuar a obra que já tinha sido iniciada. Dentre esses trabalhadores podemos citar Rousseau, Pestalozzi e Kardec. Todos eles vieram e deram continuidade a obra segundo a vontade de Deus.
              E agora? Quem são os trabalhadores da última hora? São os Espíritas, “que foram anunciados e profetizados desde a vinda de Jesus”, e não são palavras minhas, são palavras do Evangelho. Todos vocês vieram quando foram chamados, uns mais cedo, outros mais tarde, para vivenciar a reencarnação que estão vivendo agora. Mas há quantos séculos o Senhor os está chamando para trabalhar em Sua vinha, sem que aceitemos o convite? Mas agora chegou o momento! Se quisermos receber o salário, devemos empregar bem esta hora que nos resta.
              Devemos dar continuidade ao trabalho realizado pelos nossos antecessores. Muitos daquela época revivem hoje, ou reviverão amanhã para completar a obra que já haviam iniciado. Quando a parábola fala que “os últimos serão os primeiros”, nos traz o grande ensinamento de que a vida continua. Entre nós encontram-se muitos profetas, discípulos do Cristo, enfim, muitos propagadores da fé cristã; que estão mais esclarecidos e mais adiantados e vieram trabalhar na cúpula do edifício e não mais na base. Nunca se esqueçam de que a existência, por mais longa que possa parecer, não passa de um momento muito breve na imensidade dos tempos que formam, para nós, a eternidade.
              Muitas revoluções morais e filosóficas surgem e surgirão em todos os pontos da terra. Pois estamos na última hora! A tempestade está sobre nós a fim de reduzir ao nada as perversidades terrenas. O Velho Mundo deve ser deixado para trás, para que as gerações futuras tenham conhecimento como lenda, assim como nós conhecemos, vagamente, os tempos da civilização pagã. Portanto, meus amigos armem-se de decisão e de coragem! Mãos a obra! A terra já está preparada, as vinhas precisam frutificar, para quando entrarmos num Mundo de Regeneração as uvas serem colhidas, e essas uvas precisam ser doces. Meus amigos, vamos trabalhar juntos, demonstrando e ensinando a verdadeira caridade. Amar ao próximo sem interesse pessoal. Vamos fazer com que a Lei de Deus triunfe. Tenham fé, porque não estamos sós!
              Que todos nós, a partir desse momento, possamos refletir sobre nossas ações. O que estou fazendo? O que posso fazer? Temos muitos irmãos aqui na terra com muita vontade de trabalhar, então que possamos unir nossos esforços para que o Senhor encontre sua obra terminada quando chegar.
Que Deus nos ampare e nos fortaleça! Assim seja! Graças a Deus!

Autora: Aline Maria Ramos de Carvalho
Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Perdoar

Sim, deves perdoar! Perdoar e esquecer a ofensa que te colheu de surpresa, quase dilacerando a tua paz. Afinal, o teu opositor não desejou ferir-te realmente, e, se o fez com essa intenção, perdoa ainda, perdoa-o com maior dose de compaixão e amor. 

Ele deve estar enfermo, credor, portanto, da misericórdia do perdão. 
Ante a tua aflição, talvez ele sorria. A insanidade se apresenta em face múltipla e uma delas é a impiedade, outra o sarcasmo, podendo revestir-se de aspectos muito diversos. 

Se ele agiu, cruciado pela ira, assacando as armas da calúnia e da agressão, foi vitimado por cilada infeliz da qual poderá sair desequilibrado ou comprometido organicamente. Possivelmente, não irá perceber esse problema, senão mais tarde. 

Quando te ofendeu deliberadamente, conduzindo o teu nome e o teu caráter ao descrédito, em verdade se desacreditou ele mesmo. 
Continuas o que és e não o que ele disse a teu respeito. 

Conquanto justifique manter a animosidade contra tua pessoa, evitando a reaproximação, alimenta miasmas que lhe fazem mal e se abebera da alienação com indisfarçável presunção. 

Perdoa, portanto, seja o que for e a quem for. 
O perdão beneficia aquele que perdoa, por propiciar-lhe paz espiritual, equilíbrio emocional e lucidez mental. 

Felizes são os que possuem a fortuna do perdão para a distender largamente, sem parcimônia. 
O perdoado é alguém em débito; o que perdoou é espírito em lucro. 

Se revidas o mal és igual ao ofensor; se perdoas, estás em melhor condição; mas se perdoas e amas aquele que te maltratou, avanças em marcha invejável pela rota do bem.

Todo agressor sofre em si mesmo. É um espírito envenenado, espargindo o tóxico que o vitima. Não desças a ele senão para o ajudar. 

Há tanto tempo não experimentavas aflição ou problema - graças à fé clara e nobre que esflora em tua alma - que te desacostumaste ao convívio do sofrimento. Por isso, estás considerando em demasia o petardo com que te atingiram, valorizando a ferida que podes de imediato cicatrizar. 

Pelo que se passa contigo, medita e compreenderás o que ocorre com ele, o teu ofensor. 
O que te é Inusitado, nele é habitual. 
Se não te permitires a ira ou a rebeldia - perdoarás! 

A mão que, em afagando a tua, crava nela espinhos e urze que carrega, está ferida ou se ferirá simultaneamente. Não lhe retribuas a atitude, usando estiletes de violência para não aprofundares as lacerações. 
O regato singelo, que tem o curso impedido por calhaus e os não pode afastar, contorna-os ou para, a fim de ultrapassá-los e seguir adiante. 
A natureza violentada pela tormenta responde ao ultraje reverdescendo tudo e logo multiplicando flores e grãos. 
E o pântano infeliz, na sua desolação, quando se adorna de luar, parece receber o perdão da paisagem e a benéfica esperança da oportunidade de ser drenado brevemente, transformando-se em jardim. 

Que é o "Consolador", que hoje nos conforta e esclarece, conduzindo uma plêiade de Embaixadores dos Céus para a Terra, em missão de misericórdia e amor, senão o perdão de Deus aos nossos erros, por intercessão de Jesus?! 

Perdoa, sim, e intercede ao Senhor por aquele que te ofende, olvidando todo o mal que ele supõe ter-te feito ou que supões que ele te fez, e, se o conseguires, ama-o, assim mesmo como ele é. 

"Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes". Mateus: 18-22. 
"A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacifico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas". O Evangelho Segundo O Espiritismo, Cap. X - Item 4. 

Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Florações Evangélicas

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Finados na Visão Espírita

Dia dois de novembro é marcado pelo dia de finados, um feriado relacionado a morte.


A Doutrina Espírita nos mostra que somos Espíritos eternos e imortais. Quando encarnados, temos o corpo físico, o corpo espiritual (o perispírito) e o Espírito.

Quando desencarnados, nos desligamos de nosso corpo físico. A vontade, a inteligência, as emoções, tudo está no Espírito.

Portanto, logo percebemos que a morte como conhecemos não existe. Ninguém morre, no sentido de acabar. O espírito é eterno e imortal. A morte então é uma passagem do plano físico para o plano espiritual. Isso se dá para que desenvolvamos nossas qualidades morais.

E embora tenhamos um grande desenvolvimento intelectual, a morte ainda não é bem entendida para a maioria de nós, mesmo os espiritualistas e até os espíritas, se tocarmos no sentido do apego. Embora o entendimento esteja na mente, o coração responde diferente.

Não é à toa que uma enorme quantidade de espíritos desencarnados expressarem suas dificuldades na vida de além túmulo, com relação as saudades de seus entes queridos, e vice-versa. E é este excesso de apego que cria situações extremamente desconfortantes, onde entramos em grande desequilíbrio nos momentos de separação mais brusca.

Mesmo quem entende a morte, sofre a dor da separação. Porém, é preciso modificar a nossa ideia acerca da vida, que não se resume a vida material, mas essencialmente a vida espiritual.

Nossos entes queridos são empréstimos de Deus para que possamos nos desenvolver cada vez mais. Mas que amor é esse, que desenvolvemos por eles, que em vez de pacificar nossa evolução, que em vez de fazer o bem, acaba prejudicando com o peso da saudade?

O dia de finados deve ser visto então como mais um dia em que devemos elevar nosso pensamento a Deus, orando fervorosamente por aqueles que já partiram, para que esta prece, feita sempre de coração, seja um alívio para aqueles que nós amamos e já partiram para a pátria espiritual.

A prece está entre os maiores bens que podemos fazer em benefício daqueles que já partiram, mas não é estagnada a apenas uma data no ano. Se quem partiu está na condição de sofrimento ou de perturbação, a prece será de grande benefício.

Se quem partiu está consciente, lúcido de sua realidade espiritual, da mesma forma, a prece chegará como um bálsamo ao coração de quem amou, pela lembrança e pelo carinho.

Vejamos o que nos dizem os Espíritos, através de Kardec:

321. O dia da comemoração dos mortos é, para os Espíritos, mais solene do que os outros dias? Apraz-lhes ir ao encontro dos que vão orar nos cemitérios sobre seus túmulos?

"Os Espíritos acodem nesse dia ao chamado dos que da Terra lhes dirigem seus pensamentos, como o fazem noutro dia qualquer."

a) - Mas o de finados é, para eles, um dia especial de reunião junto de suas sepulturas?

"Nesse dia, em maior número se reúnem nas necrópoles, porque então também é maior, em tais lugares, o das pessoas que os chamam pelo pensamento."

323. A visita de uma pessoa a um túmulo causa maior contentamento ao Espírito, cujos despojos corporais aí se encontrem, do que a prece que por ele faça essa pessoa em sua casa?

"Aquele que visita um túmulo apenas manifesta, por essa forma, que pensa no Espírito ausente. A visita é a representação exterior de um fato íntimo. Já dissemos que a prece é que santifica o ato da rememoração. Nada importa o lugar, desde que é feita com o coração." ("O Livro dos Espíritos")
FONTE: http://www.auxiliofraternidade.com.br

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A criação universal

 Podemos afirmar com absoluta certeza: Deus é a causa primária de todas as coisas; portanto, tudo origina-se Dele.

             “A matéria cósmica primitiva encerrava os elementos materiais, fluídicos e vitais de todos os universos que desdobram suas magnificências perante a eternidade; ela é a mãe fecunda e primacial de todas as coisas, e o que é mais, a geratriz eterna. Ela não desapareceu, essa substância de onde provêm as esferas siderais; não está morto este poder, pois incessantemente ainda dá à luz novas criações e recebe incessantemente os princípios reconstituídos dos mundos que se apagam do livro eterno.”¹, afirma o Espírito Galileu, na continuação de suas exposições sobre a Uranografia Geral.

             Antoine Laurent Lavoisier (1743/1794), considerado o “pai da Química”, após inúmeras experiências no século XVII, concluiu que "Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma", ou seja a decomposição de um corpo dá origem a outro, num reaproveitamento de seus componentes. O mesmo acontece com os mundos que compõem o Universo.

             A matéria elementar primitiva, submetida à transformações dá origem a outras, mas não deixa de conter os elementos primitivos criados pelo Pai. É essa matéria que preenche todos os corpos e espaços.

             É essa matéria que contém “o princípio vital que dá nascimento à vida dos seres, e a perpetua sobre cada globo segundo sua condição, a princípio em estado latente que dormita ali onde a voz de um ser não o chama. Cada criatura, mineral, vegetal, animal ou de outra espécie – pois há outros reinos naturais dos quais nem mesmo suspeitamos a existência,...”1, é por esta razão que a Ciência Humana está constantemente renovando seus conhecimentos e fazendo novas descobertas, muitas vezes sem perceber quem verdadeiramente é O Gênio Criador, que através de Sua Inteligência Suprema tudo previu e permite que o homem desenvolva-se encontrando o que Ele “deixou escondido”.

             Ainda em estágio primário de conhecimento o homem preocupa-se em descobrir e “inventar” tudo aquilo que o beneficia materialmente e que possa desfrutar já. Ficamos maravilhados com as novas “invenções” sem prever o que virá no futuro.

             Nesse contexto material o Mundo Espiritual ainda é um grande desconhecido e de modo geral pouco interessa à Ciência que encontra-se encantada com o mundo material. Pouquíssimos cientistas ousaram procurar explicações sobre a comprovação da existência da vida além-túmulo.

             As grandes religiões nada ou quase nada sabem explicar aos seus seguidores sobre o que aguarda o homem após morte. As explicações da Doutrina Espírita baseadas nos relatos do próprios “mortos”, sua coerência à respeito das Leis Divinas ainda restringe-se a um pequeno número de pessoas.

             É bem verdade que algumas religiões importantes procuram refletir sobre o assunto e já chegaram à conclusões bastante próximas às informações dos Espíritos.

             Não podemos ter a pretensão de afirmar categoricamente que o Espiritismo é o dono da verdade absoluta e que já sabe tudo a respeito da continuidade da vida; mas podemos reconhecer que encontra-se muito além do conhecimento geral.

             Como é o Espírito? Como foi criado? Qual sua verdadeira composição fluídica? São algumas das grandes dúvidas. Sabemos apenas que somos filhos de um Pai Amoroso e Justo, que nos ama intensamente e que somos imortais.

Bibliografia:
1 – KARDEC, Allan. A Gênese. 19. ed., São Paulo, SP: LAKE, 1999, cap. VI, itens 12-16, p. 95-97 2 – MARTINS, Roberto de Andrade. Físico, Professor da UNICAMP, em O Universo. Teoria sobre sua origem e Evolução.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Na propaganda




“E dir-vos-ão: Ei-lo aqui, ou, ei-lo ali; não vades, nem os sigais.” —
Jesus. (LUCAS, capítulo 17, versículo 23.)
  As exortações do Mestre aos discípulos são muito precisas para provocarem qualquer incerteza ou indecisão.
  Quando tantas expressões sectárias requisitam o Cristo para os seus desmandos intelectuais, é justo que os aprendizes novos, na luz do Consolador, meditem a elevada significação deste versículo de Lucas.
  Na propaganda genuinamente cristã não basta dizer onde está o Senhor.
Indispensável é mostrá-lo na própria exemplificação.
  Muitos percorrem templos e altares, procurando Jesus.
  Mudar de crença religiosa pode ser modificação de caminho, mas pode ser também continuidade de perturbação.
  Torna-se necessário encontrar o Cristo no santuário interior.
Cristianizar a vida não é imprimir-lhe novas feições exteriores. É reformá-la para o bem no âmbito particular.
  Os que afirmam apenas na forma verbal que o Mestre se encontra aqui ou ali, arcam com profundas responsabilidades. A preocupação de proselitismo é sempre perigosa para os que se seduzem com as belezas sonoras da palavra sem exemplos edificantes.
  O discípulo sincero sabe que dizer é fácil, mas que é difícil revelar os propósitos do Senhor na existência própria. É imprescindível fazer o bem, antes de ensiná-lo a outrem, porque Jesus recomendou ninguém seguisse os pregoeiros que somente dissessem onde se poderia encontrar o Filho de Deus.
     Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, livro Caminho, Verdade e Vida

Cultiva a paz


“E, se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ela a vossa paz; e, se não, ela voltará para vós.” – Jesus. (LUCAS, 10:6)

  Em verdade, há muitos desesperados na vida humana. Mas quantos se apegam, voluptuosamente, à própria desesperação? quantos revoltados fogem à luz da paciência? quantos criminosos choram de dor por lhes ser impossível a consumação de novos delitos? quantos tristes escapam, voluntariamente, às bênçãos da esperança?
  Para que um homem seja filho da paz, é imprescindível trabalhe intensamente no mundo Intimo, cessando as vozes da inadaptação à Vontade Divina e evitando as manifestações de desarmonia, perante as íeis eternas.
  Todos rogam a paz no Planeta atormentado de horríveis discórdias, mas raros se fazem dignos dela.
  Exigem que a tranquilidade resida no mesmo apartamento onde mora o ódio gratuito aos vizinhos, reclamam que a esperança tome assento com a inconformação e rogam à fé lhes aprove a ociosidade, no campo da necessária preparação espiritual.
  Para esmagadora maioria dessas criaturas comodistas a paz legítima é realização muito distante.
  Em todos os setores da vida, a preparação e o mérito devem anteceder o benefício.
  Ninguém atinge o bem-estar em Cristo, sem esforço no bem, sem disciplina elevada de sentimentos, sem iluminação do raciocínio. Antes da sublime edificação, poderão registrar os mais belos discursos, vislumbrar as mais altas perspectivas do plano superior, conviver com os grandes apóstolos da Causa da Redenção, mas poderão igualmente viver longe da harmonia interior, que constitui a fonte divina e inesgotável da
verdadeira felicidade, porque se o homem ouve a lição da paz cristã, sem o propósito firme de se lhe afeiçoar, é da própria recomendação do Senhor que esse bem celestial volte ao núcleo de origem como intransferível conquista de cada um.
Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, livro Vinha de Luz

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Vibrações


  Entendendo-se o conceito de vibrações, no terreno do espírito, por oscilações ou ondas mentais, importa observar que exteriorizamos constantemente semelhantes energias.
  Disso decorre a importância das ideias que alimentamos.
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  Em muitas faces da experiência terrestre nos desgastamos com as nossas próprias reações intempestivas, ante a conduta alheia, agravando obstáculos ou ensombrando problemas.
  Se nos situássemos, porém, no lugar de quantos criem dificuldades, estaríamos em novo câmbio de emoções e pensamentos, frustrando descargas de ódio ou violência, angústia ou crueldade que viessem a ocorrer em nossos distritos de ação.
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  Experimenta a química do amor no laboratório do raciocínio.
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  Se alguém te fere coloca-te, de imediato, na condição do agressor e reconhecerá para logo que a compaixão deve envolver aquele que se entregou inadvertidamente ao ataque para sofrer em si mesmo a dor do desequilíbrio.
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  Se alguém te injuria, situa-te na posição daquele que te apedreja o caminho e perceberá sem detença que se faz digno de piedade todo aquele que assim procede, ignorando que corta apropria alma, induzindo-se à dor do arrependimento.
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  Se te encontras sob o cerco de vibrações conturbadoras, emite de ti mesmo aquelas outras que se mostrem capazes de gerar vida e elevação, otimismo e alegria.
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  Ninguém susta golpes da ofensa com pancadas de revide, tanto quanto ninguém apaga fogo a jorros de querosene.
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  Responde a perturbações com a paz.
  Ante o assalto das trevas faze luz.
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  Se alguém te desfecha vibrações contrárias à tua felicidade, endereça a esse alguém a tua silenciosa mensagem de harmonia e de amor com que lhe desejes felicidade maior.
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  Disse-nos o Senhor: "Batei e abrir-se-vos-á. Pedi e obtereis".
  Este mesmo princípio governa o campo das vibrações.
  Insiste no bem e o bem te garantirá.
Emmanuel, livro Paz e Renovação, psicografia de Francisco Cândido Xavier