sexta-feira, 31 de agosto de 2012

PENSAMENTOS DE EMMANUEL

A receita de vida melhor será sempre melhorar-nos, através da melhora que venhamos a realizar para os outros. 
De tudo que semeares, efetivamente colherás.

Em matéria de felicidade só se possui aquela que se dá.

Desprezo da parte de alguém é aula da vida para aquisição de humildade.

A herança quase sempre é um suplício para quem parte e uma tentação para quem fica.

Cada pessoa renasce na soma do que já fez.

A melhora de tudo para todos começa na melhora de cada um.

O lar é uma escola em que somos, na Terra, aprendizes e professores uns dos outros.

Perante Deus toda pessoa é importante.

Quem perdeu a própria fé, nada mais tem a perder.

A indulgência é a fonte que lava os venenos da cultura.

A vida por fora de nós é a imagem daquilo que somos por dentro.

Nunca se viu egoísmo que não se queixe de ingratidão.

Quem condena atira uma pedra que voltará sempre ao ponto de origem.


Autor: Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

OS COMPANHEIROS DE JESUS

O Precursor:
João, o Batista, foi quem iniciou pregações antes do Messias Prometido para preparar-lhe o caminho, de acordo com as profecias antigas, e conforme o próprio Jesus.
Primo de Jesus, nascendo seis meses antes, filho na velhice de Zacarias e Isabel. Tornou-se profeta na Judéia, alimentando-se de gafanhotos e mel silvestres e vestindo-se de peles.
Pregava no deserto a eminente vinda do Messias prometido e incitava o povo ao arrependimento dos erros e à conversão para uma nova vida, que era iniciada por um ritual de mergulho nas águas do rio Jordão, que ficou conhecido como batismo pelas águas.
Foi com o batismo de João, e com o reconhecimento deste de que Jesus era o Messias Prometido, que o Mestre começou a sua vida pública de 3 anos até a sua crucificação.
João foi preso por Herodes Antipas, rei da Galiléia, a quem havia criticado por se casar de forma ilícita com a própria cunhada, Herodíades. O rei mandou decapitá-lo para agradar a enteada, filha de Herodíades, chamada Salomé.
Jesus, após a transfiguração, descendo do monte Tabor, fala sobre João Batista em Mateus, Cap. 17, versículos 10 a 13: "Os discípulos de Jesus lhe perguntaram: O que querem dizer os doutores da Lei, quando falam que Elias deve vir antes do Messias?". Jesus respondeu: "Elias vem para colocar tudo em ordem. Mas eu vos digo: Elias já veio, e eles não o reconheceram. Fizeram com ele tudo o que quiseram. E o Filho do Homem será maltratado por eles do mesmo modo. Então os discípulos compreenderam que Jesus falava de João Batista". Esta passagem, transcrita literalmente das escrituras sagradas, prova de um modo incontestável que João Batista era a reencarnação do profeta Elias, que tinha vivido 900 anos antes.
Os Apóstolos
Diferença entre apóstolo e discípulo: 
- Apóstolo: palavra derivada do grego que significa enviado. Jesus escolheu doze apóstolos e os enviou para diversos lugares para pregarem a chegada da "Boa Nova".
- Discípulo: palavra derivada do latim que significa aluno. Jesus tinha em uma época de sua vida 70 discípulos, além dos doze apóstolos para ajudá-lo.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

BEZERRA DE MENEZES - BIOGRAFIA


Nome: Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti.
Natural: Riacho do Sangue - CE
Nascimento: 29 de agosto de 1831
Desencarne: 11de abril de 1900
Profissão: Médico, Redator e político (vereador, prefeito, deputado e senador)
Família: 1ª esposa - Maria Cândida de Lacerda (desencarnou em 24 de março de 1863) com quem teve dois filhos; 2ª esposa - Cândida Augusta de Lacerda Machado com quem teve sete filhos.
Obras literárias: A casa assombrada; A loucura sob novo prisma; A Doutrina Espírita como filosofia teogônica (Uma carta de Bezerra de Menezes); Casamento e mortalha; Pérola Negra; Evangelho do Futuro. Também traduziu o livro Obras Póstumas de Allan Kardec.
Descendente de família antiga no Ceará ligada à política e ao militarismo, foi educado segundo padrões rígidos e princípios da religião católica. Aos sete anos de idade entrou para a escola pública da Vila Frade, aprendendo os primeiros passos da educação elementar. Em 1842 sua família muda-se para o Rio Grande do Norte, em consequência de perseguição política. Matriculou-se na aula pública de latinidade na antiga vila de Maioridade. Em dois anos preparou-se naquela língua de modo a substituir o professor.

Impaciência


Sempre que se te faça possível, pede aos Céus te fortaleça com a paciência para 
que não se te dificulte o caminho para a frente. 
A impaciência não te servirá em circunstância alguma. Ao invés disso, a precipitação te criará obstáculos de que não necessitas.
Se te aborreces por doença, seja em ti mesmo ou em pessoa querida, semelhante atitude apenas te agravará a situação, aumentado os tropeços em que, porventura, te encontres. 
Se pretendes a obtenção de trabalho profissional, a impaciência te fará um candidato indesejável aos olhos daqueles que te prometem auxílio. 
Se isso te acontece por desacertos na intimidade familiar, nada conseguirás daqueles que mais amas senão inquietude e dificuldades em derredor de ti. 
Se almejas melhoria ou promoção no lugar em que estiveres, a impaciência se 
te erguerá por empecilho à realização dos desejos mais razoáveis e mais justos. 
Se te revelas nesse tipo de intemperança mental, nessa ou naquela fila de pessoas que aspiram a adquirir qualquer recurso dos mais simples, talvez te transformes em motivação para delinqüência. 
Em qualquer agitação exterior, mantém a serenidade necessária para que não 
destruas a formação do auxílio que já estará na direção do teu próprio endereço. 
Nas horas atormentadas da vida, age com paciência e tolerância. 
A paz em ti será paz nos outros e todos nós, seja aqui ou além, necessitamos de 
paz, a fim de viver fazendo o melhor. 
Sorri, ainda quando as dificuldades nos sitiem por todos os lados. 

PACIÊNCIA - FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER - EMMANUEL

terça-feira, 28 de agosto de 2012

SEMPRE VIVOS


Considerando as convenções estabelecidas em nosso trato com os amigos encarnados, de quando em quando nos referimos à vida espiritual utilizando a palavra “morte” nessa ou naquela sentença de conversação usual. No entanto, é imprescindível entendê-la, não por cessação e sim por atividade transformadora da vida.

Espiritualmente falando, apenas conhecemos um gênero temível de morte - a da consciência denegrida no mal, torturada de remorso ou paralítica nos despenhadeiros que marginam a estrada da insensatez e do crime.

É chegada a época de reconhecermos que todos somos vivos na Criação Eterna. Em virtude de tardar semelhante conhecimento nos homens, é que se verificam grandes erros.

Em razão disso, a Igreja Católica Romana criou, em sua teologia, um céu e um inferno artificiais; diversas coletividades das organizações evangélicas protestantes apegam-se à letra, crentes de que o corpo, vestimenta material do Espírito, ressurgirá um dia dos sepulcros, violando os princípios da Natureza, e inúmeros espiritistas nos têm como fantasmas de laboratório ou formas esvoaçantes, vagas e aéreas, errando indefinidamente.

Quem passa pela sepultura prossegue trabalhando e, aqui, quanto aí, só existe desordem para o desordeiro.

Na Crosta da Terra ou além de seus círculos, permanecemos vivos invariavelmente.

Não te esqueças, pois, de que os desencarnados não são magos, nem adivinhos.

São irmãos que continuam na luta de aprimoramento.

Encontramos a morte tão-somente nos caminhos do mal, onde as sombras impedem a visão gloriosa da vida.

Guardemos a lição do Evangelho e jamais esqueçamos que Nosso Pai é Deus dos vivos imortais.

Por: Emmanuel - Livro: “Pão Nosso” - Psicografia: Chico Xavier

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O ABORTO NA VISÃO ESPÍRITA

I – Considerações Doutrinárias:
A Doutrina Espírita trata clara e objectivamente a respeito do abortamento, na questão 358 de sua obra básica O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec:

Pergunta – Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?
Resposta – “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”.

Sobre os direitos do ser humano, foi categórica a resposta dos Espíritos Superiores a Allan Kardec na questão 880 de O Livro dos Espíritos:

Pergunta – Qual o primeiro de todos os direito naturais do homem?
Resposta – “O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal”.

Para a Doutrina Espírita, está claramente definida a ocasião em que o ser espiritual se insere na estrutura celular, iniciando a vida biológica com todas as suas consequências. Na questão 344 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec indaga aos Espíritos Superiores:

domingo, 26 de agosto de 2012

ANENCÉFALO E ABORTAMENTO

Anencéfalo e abortamento

Inicialmente, lembramos que anencéfalo, embora seja considerado sem cérebro, na realidade é portador de um segmento cerebral estando faltante regiões do cérebro que impossibilitarão sua sobrevivência pós parto.
Afim de colocarmos a visão espírita sobre este importante problema exemplificaremos com um caso real. Usaremos nomes fictícios. João e Maria, eram casados há 2 anos. A felicidade havia batido à sua porta. Maria estava grávida. Exultantes procuraram o médico Obstetra para as orientações iniciais. Planos mil ambos estabeleceram. Ao longo dos meses, no entanto, foram surpreendidos , através do estudo ultrassonográfico, da triste notícia de que seu bebê era anencéfalo. Ao serem informados caíram em prantos ao ouvirem a proposta do obstetra lhes oferecendo o abortamento. Posicionaram-se contrários explicando sua visão espírita.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A GENTE PODE


A gente pode
morar numa casa mais o menos
morar numa rua mais o menos
morar numa cidade mais o menos
e até ter um governo mais o menos
A gente pode
dormir numa cama mais o menos
comer um feijão mais o menos
ter um carro mais ou menos,
e até ser obrigado a acreditar mais
ou menos no futuro.
A gente pode
Olhar em volta e sentir que tudo
está mais ou menos
TUDO BEM
O que a gente não pode mesmo,
nunca, de jeito nenhum,
É amar mais ou menos
É sonhar mais ou menos
É ser amigo mais ou menos
É ter fé mais ou menos,
Senão a gente corre o risco de se
tornar uma pessoa mais ou menos.

(Chico Xavier)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A DISCIPLINA DO PENSAMENTO E A REFORMA DO CARÁTER - Léon Denis


O pensamento é criador. Não atua somente ao redor de nós, influenciando nossos semelhantes para o bem ou para o mal; age sobretudo em nós. Gera nossas palavras, nossas ações, e com ele construímos, a cada dia, o edifício grandioso ou miserável de nossa vida presente e futura. Modelamos nossa alma e seu envoltório com os nossos pensamentos; estes produzem formas, imagens que se imprimem na matéria sutil de que o corpo fluídico é formado. Assim, pouco a pouco, nosso ser se povoa de formas frívolas ou austeras, graciosas ou terríveis, grosseiras ou sublimes; a alma se enobrece, se adorna de beleza
ou cria uma atmosfera de feiúra.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

CARIDADE

Nas lutas do dia-a-dia,
Caridade é o passaporte
Para as mansões da alegria
Que brilham depois da morte.

Auta de Souza



terça-feira, 21 de agosto de 2012

SOBRE A MORTE


Depois da morte do corpo:
A frase amiga que houvermos proferido no estímulo ao bem será um trecho harmonioso do cântico de nossa felicidade.
A opinião caridosa que formulamos acerca dos outros converter-se-à em recurso de benignidade da Justiça Divina, no exame de nossos erros.
O pensamento de fraternidade e compreensão com que nos recordamos do próximo transformar-se-á em fator de nosso equilíbrio.
O gesto de auxílio aos irmãos de nosso caminho oferecer-nos-à farta colheita de alegria.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O ABORTO NA VISÃO ESPÍRITA

A Doutrina Espírita trata clara e objetivamente a respeito do abortamento, na questão 358 de sua obra básica O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec:
Pergunta – Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?
Resposta – “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”.
Sobre os direitos do ser humano, foi categórica a resposta dos Espíritos Superiores a Allan Kardec na questão 880 de O Livro dos Espíritos:
Pergunta – Qual o primeiro de todos os direito naturais do homem?
Resposta – “O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal”.

Para a Doutrina Espírita, está claramente definida a ocasião em que o ser espiritual se insere na estrutura celular, iniciando a vida biológica com todas as suas consequências. Na questão 344 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec indaga aos Espíritos Superiores:
Pergunta – Em que momento a alma se uns ao corpo?
Resposta – “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.”
As ciências contemporâneas, por meio de diversas contribuições, vem confirmando a visão espírita acerca do momento em que a vida humana se inicia. A Doutrina Espírita firma essa certeza definitiva, estabelecendo uma ponte entre o mundo físico e o mundo espiritual, quando oferece registros de que o ser é preexistente à morte biológica.
A tese da reencarnação, que o Espiritismo apresenta como eixo fundamental para se compreender a vida e o homem em tua sua amplitude, hoje é objeto de estudo de outras disciplinas do conhecimento humano que, através de evidências científicas, confirmam a síntese filosófica do Espiritismo: “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a Lei.”
Assim, não se pode conceber o estudo do abortamento sem considerar o princípio da reencarnação, que a Parapsicologia também aborda ao analisar a memória extracerebral, ou seja, a capacidade que algumas pessoas tem de lembrar, espontaneamente, de fatos com elas ocorridos, antes de seu nascimento. Dentro da lei dos renascimentos se estrutura, ainda, a terapia regressiva a vivências passadas, que a Psicologia e a Psiquiatria utilizam no tratamento de traumas psicológicos originários de outras existências, inclusive em pacientes que estiveram envolvidos na prática do aborto.

Aborto Terapêutico

O procedimento abortivo é moral somente numa circunstância, segundo O Livro dos Espíritos, na questão 359, respondida pelos Espíritos Superiores:
Pergunta – Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mão dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?
Resposta – “Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe.’
(Os Espíritos referem-se, aqui, ao ser encarnado, após o nascimento.)
Com o avanço da Medicina, torna-se cada vez mais escassa a indicação desse tipo de abortamento. Essa indicação de aborto, todavia, com as angústias que provoca, mostra-se como situação de prova e resgate para pais e filhos, que experimentam a dor educativa em situação limite, propiciando, desse modo, a reparação e o aprendizado necessários.

Aborto por Estupro

Justo é se perguntar, se foi a criança que cometeu o crime. Por que imputar-lhe responsabilidade por um delito no qual ela não tomou parte?
Portanto, mesmo quando uma gestação decorre de uma violência, como o estupro, a posição espírita é absolutamente contrária à proposta do aborto, ainda que haja respaldo na legislação humana.
No caso de estupro, quando a mulher não se sinta com estrutura psicológica para criar o filho, cabe à sociedade e aos órgãos governamentais facilitar e estimular a adoção da criança nascida, ao invés de promover a sua morte legal. O direito à vida está, naturalmente, acima do ilusório conforto psicológico da mulher.

Consequências do Aborto

Após o abortamento, mesmo quando acobertado pela legislação humana, o Espírito rejeitado pode voltar-se contra a mãe e todos aqueles que se envolveram na interrupção da gravidez. Daí dizer Emmanuel (Vida e Sexo, psicografado por Francisco C. Xavier, cap. 17, ed. FEB): “Admitimos seja suficiente breve meditação, em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões”.
Mulher e homem acumpliciados nas ocorrências do aborto criminoso desajustam as energias psicossomáticas com intenso desequilíbrio, sobretudo, do centro genésico, implantando nos tecidos da própria alma a sementeira de males que surgirão a tempo certo, o que ocorre não só porque o remorso se lhes estranha no ser mas também porque assimilam, inevitavelmente, as vibrações de angústia e desespero, de revolta e vingança dos Espíritos que a lei lhes reservava para filhos.
Por isso compreendem-se as patologias que poderão emergir no corpo físico, especialmente na área reprodutora, como o desaguar das energias perispirituais desestruturadas, convidando o protagonista do aborto a rearmonizar-se com a própria consciência.

No Reajuste

Ante a queda moral pela prática do aborto não se busca condenar ninguém. O que se pretende é evitar a execução de um grave erro, de conseqüências nefastas, tanto individual como socialmente, como também sua legalização. Como asseverou Jesus: “Eu também não te condeno; vai e não tornes a pecar.” (João, 8:11.)
A proposta de recuperação e reajuste que o Espiritismo oferece é de abandonar o culto ao remorso imobilizador, a culpa autodestrutiva e a ilusória busca de amparo na legislação humana, procurando a reparação, mediante reelaboração do conteúdo traumático e novo direcionamento na ação comportamental, o que promoverá a liberação da consciência, através do trabalho no bem, da prática da caridade e da dedicação ao próximo necessitado, capazes de edificar a vida em todas as suas dimensões.
Proteger e dignificar a vida, seja do embrião, seja da mulher, é compromisso de todos os que despertaram para a compreensão maior da existência do ser.
Agindo assim, evitam-se todas as conseqüências infelizes que o aborto desencadeia, mesmo acobertado por uma legalização ilusória. “O amor cobre a multidão de pecados”, nos ensina o apóstolo Pedro (I Epístola, 4:8).

Revista Reformador, Nº 2051, Fevereiro de 2000


sábado, 18 de agosto de 2012

DEPRESSÃO NA VISÃO ESPÍRITA - Richard Simonetti

A variação de humor ocorre em função de: pressões ambientais, de influências espirituais, do peso do passado e das saudades do Além.
Vamos explicar cada uma:
1º - Pressões ambientais: é causado por desilusão sentimental, problemas familiares, perda do emprego, ou seja, são pessoas plenamente realizadas no terreno afetivo, da saúde, social e profissional que, não obstante, experimenta períodos de angústia. Aqui confunde-se muito tristeza, desilusão, preocupação com depressão.
2º - Influências espirituais: estados depressivos podem originar-se da atuação de Espíritos perturbados e perturbadores, que consciente ou inconscientemente nos assediam. Popularmente emprega-se o termo “encosto” para esse envolvimento. Por outro lado, os estados de euforia, sem motivo aparente, resultam do contato com benfeitores espirituais que imprimem em nosso psiquismo algo de suas vibrações alentadoras.
3º - Peso do passado: a depressão pode ser herança, não de nossos pais, mas de nós mesmos. O que fizemos no passado determina o que somos no presente. O que pesa sobre nossos ombros, favorecendo os estados depressivos, neuroses, fobias, psicoses e demais elementos fragilizadores da consciência é a carga dos desvios cometidos, das tendências inferiores desenvolvidas, dos vícios cultivados, do mal praticado. Há pessoas que, pressionadas por esse peso mergulham tão fundo na angústia que parecem cultivar a volúpia do sofrimento, com o que comprometem a própria estabilidade física, favorecendo a evolução de desajustes intermináveis. O remorso é um dos mais avassaladores sentimentos e o Espírito que reencarna nesta condição carreará para o corpo físico todo esse desequilíbrio. Seu aspecto será o de um obsidiado. No entanto, ele é obsidiado apenas por sua memória profunda, que vinculou sua personalidade humana. Os transtornos mentais e emocionais, conforme assevera Divaldo Franco, tem raízes no Espírito que delinquiu. A culpa, consciente ou inconsciente, imprimiu-lhe no perispírito o quadro psicológico que se irá refletir na organização física e mental durante o transcurso da reencarnação. Mas, como disse Joanna de Ângelis: "ocorre a possibilidade de interferências no campo mental, produzidos por entidades infelizes. Quando as duas coisas se juntam - PASSADO E OBSESSÃO - os problemas se avolumam, os sintomas são mais severos e a cura, às vezes, é mais demorada."
4º - Saudades do Além: este aspecto é abordado pelo Espírito François de Genève, no cap. V, de “O Evangelho segundo o Espiritismo”: “A melancolia” – “Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida? E que vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia, e vos julgais infelizes. Crede-me, resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade. São inatas no espírito de todos os homens as aspirações por uma vida melhor; mas, não as busqueis neste mundo e, agora, quando Deus vos envia os Espíritos que lhe pertencem, para vos instruírem acerca da felicidade que Ele vos reserva, aguardai pacientemente o anjo da libertação, para vos ajudar a romper os liames que vos mantêm cativo o Espírito. Lembrai-vos de que, durante o vosso degredo na Terra, tendes de desempenhar uma missão de que não suspeitais, quer dedicando-vos à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou. Se, no curso desse degredo-provação, exonerando-vos dos vossos encargos, sobre vós desabarem os cuidados, as inquietações e tribulações, sede fortes e corajosos para os suportar. Afrontai-os resolutos. Duram pouco e vos conduzirão à companhia dos amigos por quem chorais e que, jubilosos por ver-vos de novo entre eles, vos estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região inacessível às aflições da Terra.”
E COMO SUPERAR AS VARIAÇÕES DE HUMOR, MANTENDO A SERENIDADE E A PAZ EM TODAS AS SITUAÇÕES? É evidente que não o faremos da noite para o dia, como quem opera um prodígio, mesmo porque isso envolve uma profunda mudança em nossa maneira de pensar e agir, o que pede o concurso do tempo.
Considerando, entretanto, que influências boas ou más passam necessariamente pelos condutos de nosso pensamento, podemos começar com o esforço por disciplinar nossa mente, não nos permitindo idéias negativas.
Orientação:
- Mexa-se. Desenvolva atividades. Ninguém “cai na fossa”; geralmente entramos nela quando renunciamos a uma vida ativa e empreendedora.
- Policie sua casa mental. Estados depressivos começam, com insinuantes ideias infelizes.
- Ainda que não se sinta disposto, cultive a convivência com familiares, amigos, colegas de profissão. O isolamento contraria a natureza sociável do ser humano, favorecendo a instalação de desajustes íntimos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

ALLAN KARDEC


Em 1857 com a publicação de “O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec, pseudônimo de Hypolite Leon Denizard Rivail, pedagogo, filósofo, escritor e cientista, o mundo veio a conhecer o Espiritismo, doutrina de característica, Científica, Filosóficas e Religiosa. 
O século XIX foi escolhido pela espiritualidade para ser um período de aumento do intercâmbio entre o “mundo espiritual” e o “mundo físico”, pois o Homem já estava consciente o suficiente para que entendesse as relações entre os planos de existência, que eram conhecimentos exclusivos de grupos esotéricos fechados.
Com a Doutrina Espírita o mistério da vida e da morte foi revelado em níveis nunca antes tão explícitos, e com o conhecimento advindo de tais revelações, o amor e a confiança em Deus aumentaram sensivelmente, motivados por uma fé raciocinada.
O destino do Homem é ser feliz tornando-se gradativamente ao longo de uma longa jornada evolutiva, livre da dor, do sofrimento e da ignorância, alcançando a angelitude, caminhando para Deus.


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

DEUS É CARIDADE


Não guardes e nem fales, coração,
Palavras de azedume ou desesperação.
O verbo que escarnece, esfogueia, envenena,
Traz em si mesmo a dolorosa pena
De amarga frustração!
Muitas vezes, nós mesmos, trilha afora
No pensamento que se desarvora,
Nas teias da ilusão sem motivo ou sem base,
Para sair do mal e regressar ao bem
Precisamos apenas de uma frase
Do carinho de alguém!
Na dor que nos renova,
Quantas vezes na vida a gente espera
Simplesmente um sorriso,
Para fazer o esforço que é preciso,
A fim de não perder nas lágrimas da prova
A paz da fé sincera!...
Pensa nisso e abençoa
Aquela própria mão que te espanca ou aguilhoa
Fel, tristeza, amargura,
Transformam desventura em maior desventura!
Se a mágoa te domina,
Observa a lição da Bondade Divina!
Se o homem tala o campo nos horrores da guerra,
Deus recama de verde as úlceras da Terra.
Cerre-se a noite fria,
Deus recompõe sem falta os fulgores do dia.
Atire-se um calhau à frente na espessura,
Deus protege a corrente
E a fonte lava a pedra a beijos de água pura
E prossegue indulgente.
Doce, clara, bendita,
Fertilizando o campo em que transita.
Isola-se a semente pequenina
Na clausura do chão
E eis que Deus a ilumina
E ela faz a alegria e a fartura do pão!
Que a poda fira a planta a golpes destruidores
E Deus reveste o tronco em auréolas de flores!...
Conquanto seja em tudo a Justiça Perfeita
Que nos premia, ampara, aprimora e indireita
Pelo poder do amor incontroverso,
Deus quer que a Lei do amor seja cumprida
Para a glória da vida,
Nas mais remotas plagas do Universo!
Serve, pois, coração,
À tolerância, à paz, à bondade e à União;
Embora desprezado, anônimo, sozinho,
Agradece em silêncio, a injúria, o pranto, o espinho
E serve alegremente...
Dor é nova ascensão à Vida Superior!...
Rende-te a Deus e segue para a frente,
Pois Deus é Caridade e a Caridade ardente
Tudo cobre de amor!...

Maria Dolores - Antologia da Espiritualidade, edição FEB

Serviço de Caridade

Calemo-nos diante da ofensa.
Auxiliemos aos companheiros de experiência, quanto se nos faça possível.
Abstenhamo-nos de maldizer, onde não possamos auxiliar.
Evitemos ressentimento ou azedume, quando o mal nos alveje.
Busquemos a conciliação fraterna, amparando, ainda mesmo de longe, aqueles que nos firam.
Desculpemos quantas vezes se fizerem necessárias, cada dia, exercitando-nos na prática do verdadeiro perdão.
Olvidemos os caprichos do “eu” que tantas vezes nos escravizam a escuras ilusões.
Aprendamos com a vida, para sermos mais úteis.
Multipliquemos as bênçãos do serviço, no campo das horas, conscientes de que o tempo é um empréstimo inestimável da Providência Divina.
Assim procedendo, estejamos certos de que cultivaremos a caridade para com o próximo e para conosco, de vez que, corrigindo em nós aquilo que nos aborrece nos outros, seguiremos, dia a dia, nos passos de Jesus, em nosso esforço de ascensão.
Emmanuel
In: ‘Recados da vida’ - Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 14 de agosto de 2012

CELIBATO – por José Raul Teixeira


O que dizer das pessoas que, por opção, não querem formar uma família?
J. Raul Teixeira: As pessoas que optam por não formar família, por mero comodismo, acabam não ficando tranquilas, acabam não logrando paz.
Nos casos de acomodação, embora as criaturas não queiram os compromissos e canseiras impostos por uma família, não abrem mão do prazer propiciado pela atividade sexual. Aqui os indivíduos anseiam pelos bônus da sexualidade sem os ônus dos deveres conjugais.
Em casos assim, onde a tônica é egoística, os envolvidos se comprometem não com uma companhia, mas com as diversas que façam parte do seu universo de prazeres.
Em O Novo Testamento, deparamos com o Apóstolo Paulo refletindo sobre a questão do casamento versus celibato, e sua conclusão é que “é melhor casar-se do que abrasar-se”(ICor. 7:9). Ninguém está, portanto, impedido de usufruir das estesias que a libido proporciona, contudo, que seja em bases de responsabilidade, de respeito e de amor recíprocos, a fim de que não se convertam as relações em exercícios de mal-disfarçada prostituição.
Em todo e qualquer caso, no entanto, vige o livre-arbítrio, que é o indicador dos níveis de amadurecimento e compromisso com a existência em cada indivíduo.

Todos os espíritos são programados para encontrar um cônjuge? E os que não encontram?
Não. Nem todos os indivíduos reencarnados no mundo vêm com compromissos estabelecidos para o matrimônio. Exemplos de celibato:
· Há indivíduos que reencarnam para experimentar a solidão afetiva, em nome da lei de causa e efeito. Estes casos acontecem para levar os indivíduos a reajustar emoções, disciplinar atitudes e burilar sentimentos, facultando-lhes aprender a valorizar as relações conjugais, a valorizar a família, a aprender a viver com outras pessoas;
· Há indivíduos que não encontram correspondência amorosa, em termos conjugais, em razão de compromissos de diferentes magnitudes, de grande amplitude na sociedade, trazidos à presente encarnação. São deveres que não compatibilizam com as responsabilidades do lar, perante as exigências de amplo aspecto da tarefa ou da missão esposada, desde o além. É o caso das pessoas comprometidas com profundos descobrimentos científicos, com atividades abnegadas na esfera religiosa, ou outros a exigir dedicação quase exclusiva em prol da causa social ou sócio-moral do mundo, já sabem, no seu íntimo – percebem-no por intuição – que o matrimônio estável com alguém não consta de sua “agenda” reencarnatória;
 · Ocorrem também casos de celibato com almas que não sentem nada por ninguém. São emocionalmente frias, sentimentalmente mudas, inaptas para tais relações afetivas, uma vez que expiam, duramente, as posturas desdenhosas ou exploradoras do pretérito. Posições numa existência corporal geram incapacidades e bloqueios magnéticos em outras, impondo frustrações e sofrimentos.

Em casos em que o indivíduo se dê conta de que já buscou, já se insinuou, já demonstrou interesse e continua a “ouvir” um intenso silêncio nessa área, ou se nota que o que surge não é compatível com seus projetos de vida para o trabalho e para o bem, é de bom alvitre tranquilizar a mente, assossegar a alma, entregando-se a viver seu dia-a-dia com dignidade, sem ansiedade, evitando enveredar por faixas de exploração obsessiva, considerando-se que nos disse o Cristo: “Buscai e achareis...”(Lc 11:9)
Dessa forma, quem deseja unir-se a alguém e não logra êxito, quem aspira por sentir algum tipo de atração afetiva por alguma pessoa e nada sente, por maiores esforços que realize, deve procurar tranquilizar-se, mergulhando na ação do bem. Trabalhe, estude, desenvolva seus veios artísticos, pratique esportes salutares e sirva, em nome do amor, onde quer que se encontre. Na impossibilidade de ter uma pessoa a quem oferecer carinho, afeto, trate de tornar-se uma pessoa útil, prestativa, fraterna, simpática e jovial, deixando-se conduzir pelas mãos do Criador que pode alterar, a cada momento, os rumos de nossas existências em função do que nos seja melhor.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Patogenia das doenças da alma

Artigo extraído na íntegra do Núcleo Espírita Nosso Lar - Centro de Apoio ao paciente com câncer.

O estudo do mecanismo pelo qual os agentes mórbidos produzem as doenças e como o organismo se comporta diante dos mesmos, constitui um importante capítulo da Medicina, que teve em Rudolf Virchow (1821–1902) um dos seus grandes incentivadores, chamando a atenção para as modificações celulares surgidas como causa ou efeito das doenças que o comprometem.
Entre os distúrbios que acometem o ser humano, encontram-se:
  • os que são próprios do corpo, como as doenças e os males orgânicos;
  • os que afetam particularmente o psiquismo, que são os distúrbios mentais;
  • os que incidem simultaneamente no corpo e seu psiquismo, que são os distúrbios psicossomáticos;
  • os que se apresentam como distúrbios da alma, que podem manifestar-se pelos sintomas e sinais que se enquadram entre as doenças referidas, mas que se apresentam com características próprias, com vínculos etiológicos específicos e que necessitam de tratamento especializado.
Na verdade, o sofrimento da alma está sempre presente, tanto na dor física como na dor moral, visto que a alma participa de todos os atos da vida, e não pode alienar-se nos casos que envolvem o sofrimento humano. Assim, o sofrimento da alma está presente em todos os casos de sofrimento físico e pode manifestar-se por sintomas psicossomáticos de ansiedade, aflição, medo, depressão, pânico ou desespero. Pode advir, igualmente, em decorrência de doenças graves em pessoa da família ou da perda de entes queridos, de bens materiais ou diante de problemas econômicos, sociais ou afetivos. As doenças da alma podem ser causadas por agressões físicas ou morais e se caracteriza por afetar as pessoas na sua sensibilidade emocional, fazendo-as sofrer. A falta de reconhecimento das doenças da alma, como entidades nosológicas que acometem o ser humano, decorre da pouca importância que é dada aos estudos da mesma, os quais ficam restritos às religiões e às instituições esotéricas, embora a alma seja um constituinte não menos importante do organismo.
A alma é o centro de todas as potencialidades do ser humano; é de onde emanam seus pensamentos, sua inteligência, seus pendores artísticos, sua percepção científica, seu caráter, sua intuição, sua própria consciência. A ação dos pensamentos é fundamental, podendo causar doenças e dificuldades na vida, quando impregnados de emoções negativas; como também podem promover saúde e bem-estar, quando impregnados de emoções positivas. Movidos pelo propósito de estimular o progresso nos diferentes campos da Ciência, alguns autores mostram o valor do pensamento para o progresso nos diferentes setores da Medicina.
Miguel Couto, insigne professor de Clínica Médica quando encarnado, nos dizia: “A ciência mental, com base nos princípios que presidem a prosperidade do espírito, será, no grande futuro, o alicerce da saúde humana. No pensamento residem as causas.”
Do mesmo parecer é Dr. Joaquim Murtinho: “O pensamento, qualquer que seja a sua natureza, é uma energia e tem seus efeitos. Transformando-se em núcleo de correntes irregulares, a mente perturbada emite linhas de força que interferirão, como tóxicos invisíveis sobre o sistema endócrino, comprometendo-lhe a normalidade das funções. Mas não são somente a hipófise, a tireóide ou as cápsulas supra-renais, as únicas vítimas da viciação. Múltiplas doenças surgem para infelicidade do indivíduo desavisado. Moléstias como o aborto, a loucura, a nevralgia, a tuberculose, as afecções do coração, as úlceras gástricas e duodenais, a histeria e todas as formas de câncer podem nascer dos desequilíbrios do pensamento.
E ainda o Dr. Roberto Brólio, que exerce Clínica Médica há mais de 45 anos no estado de São Paulo, nos afirma: “A prática da Medicina deverá encontrar novos caminhos para alcançar um paradigma condizente ao exercício profissional, fundamentado no conhecimento da alma e no conceito segundo o qual as ações médicas deverão ser realizadas sob a égide do amor fraterno, procurando ver o doente além do seu corpo físico e da sua mente, alcançando a grandeza da sua alma. É na alma que se encontram as raízes de inúmeras doenças.
Dessa maneira, compreende-se que o pensamento seja indutor da saúde ou das doenças, e estas se manifestam por sintomas orgânicos, psíquicos ou psicossomáticos. Em geral esses sintomas não são identificáveis pelos recursos de diagnóstico disponíveis e se manifestam, inicialmente, por sintomas psíquicos como ansiedade, inquietação, angústia, temores, insônia, depressão, insegurança, baixa estima, medos, que podem acompanhar-se de sintomas físicos como dores localizadas ou generalizadas, distúrbios funcionais digestivos, respiratórios, circulatórios, hepáticos e outros, fazendo com que as pessoas acometidas passem intermináveis períodos de sua existência, atormentadas pelo sofrimento.
O controle dessas patologias deve basear-se, essencialmente, na terapêutica médica especializada e, paralelamente, contar com a assistência e atividades de educação espiritual, sob a responsabilidade de instituições idôneas, da preferência do necessitado, esclarecendo o indivíduo da necessidade de elevar-se, pela ação e pelo merecimento, como herdeiro de Deus, digno de participar da grandeza do Universo.

A Alma também

Casas de saúde espalham-se em todas as direções com o objetivo de sanar as moléstias do corpo e não faltam enfermos que lhes ocupem as dependências.Entretanto, as doenças da alma, não menos complexas, escapam aos exames habituais de laboratório e, por isso, ficam em nós, requisitando a medicação, aplicável apenas por nós mesmos.
Estimamos a imunização na patologia do corpo.
Será ela menos importante nos achaques do espírito?
Surpreendemos determinada verruga e recorremos, de imediato, à cirurgia plástica, frustrando calamidades orgânicas de extensão imprevisível.
Reconhecendo uma tendência menos feliz em nós próprios é preciso ponderar igualmente que o capricho de hoje não extirpado será hábito vicioso amanhã e talvez criminalidade em futuro breve.
Esmeramo-nos por livrar-nos da neurastenia capaz de esgotar-nos as forças.
Tratemos também de nossa afeição temperamental para que a impulsividade não nos induza à ira fulminatória.
Tonificamos o coração, corrigindo a pressão arterial ou ampliando os recursos das coronárias a fim de melhorar o padrão de longevidade. Apuremos, de igual modo, o sentimento para que emoções desregradas não nos precipitem nos desvãos passionais em que se aniquilam tantas vidas preciosas.
Requintamo-nos, como é justo, em assistência dentária na proteção indispensável.
Empenhemo-nos de semelhante maneira, na triagem do verbo para que a nossa palavra não se faça azorrague de sombra.
Defendemos o aparelho ocular contra a catarata e o glaucoma. Purifiquemos igualmente o modo de ver. Preservamos o engenho auditivo contra a surdez.
No mesmo passo, eduquemos o ouvido para que aprendamos a escutar ajudando.
A Doutrina Espírita é instituto de redenção do ser para a vida triunfante. A morte não existe.
Somos criaturas eternas. Se o corpo, em verdade, não prescinde de remédio, a alma também.
ANDRÉ LUIZ
("Entre Irmãos de Outras Terras", 15, FEB)