sexta-feira, 28 de março de 2014

Estás doente?

E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará.” - (TIAGO, capítulo 5, versículo 15.)
Todas as criaturas humanas adoecem, todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real.
Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente.
O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração.
A mente é fonte criadora.
A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas.
De que vale a medicação exterior, se prossegues triste, acabrunhado ou insubmisso?
De outras vezes, pedes o socorro de médicos humanos ou de benfeitores espirituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras, abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram à enfermidade.
Como regenerar a saúde, se perdes longas horas na posição da cólera ou do desânimo? A indignação rara, quando justa e construtiva no interesse geral, é sempre um bem, quando sabemos orientá-la em serviços de elevação; contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de consequências imprevisíveis.
O desalento, por sua vez, é clima anestesiante, que entorpece e destrói.
E que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversação infrutífera, extinguindo as tuas forças?
Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico, se não sabes calar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens?
Por mais se apressem socorristas da Terra e do Plano Espiritual, em teu favor, devoras as próprias energias, vítima imprevidente do suicídio indireto.
Se estás doente, meu amigo, acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para a Grande Mudança.
Desapega-te de bens transitórios que te foram emprestados pelo Poder Divino, de acordo com a Lei do Uso, e lembra-te de que serás, agora ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encontramos sempre a própria consciência.
Foge à brutalidade.
Enriquece os teus fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno.
Busca a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e pela meditação.
Não manches teu caminho.
Serve sempre.
Trabalha na extensão do bem.
Guarda lealdade ao ideal superior que te ilumina o coração e permanece convicto de que se cultivas a oração da fé viva, em todos os teus passos, aqui ou além, o Senhor te levantará.


(EMMANUEL Fonte Viva, 86 FCXavier, FEB)

Mensagem de Conforto

Quando você se observar, à beira do desânimo, acelere o passo para frente, proibindo-se parar.
Ore, pedindo a Deus mais luz para vencer as sombras.
Faça algo de bom, além do cansaço em que se veja. Leia uma página edificante, que lhe auxilie o raciocínio na mudança construtiva de idéias.
Tente contato de pessoas, cuja conversação lhe melhore o clima espiritual.
Procure um ambiente, no qual lhe seja possível ouvir palavras e instruções que lhe enobreçam os pensamentos.
Preste um favor, especialmente aquele favor que você esteja adiando.
Visite um enfermo, buscando reconforto naqueles que atravessam dificuldades maiores que as suas.
Atenda às tarefas imediatas que esperam por você e que lhe impeçam qualquer demora nas nuvens do desalento.
Guarde a convicção de que todos estamos caminhando para adiante, através de problemas e lutas, na aquisição de experiência, e de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças, mas não se acomoda com a inércia em momento algum.


Francisco Cândido Xavier – do espírito André Luiz

terça-feira, 25 de março de 2014

A depressão é um mal-estar muito presente na civilização, e um processo que afeta de diferentes maneiras o humor, o pensamento, as funções corporais e o comportamento de uma pessoa. 

sábado, 22 de março de 2014

Serviço Assistencial Espírita

 Mário Lange de S. Thiago

“... dá com sabedoria. Não repilas o que se queixa, com receio de que te engane; vai às origens do mal. Alivia, primeiro; em seguida, informa-te e vê se o trabalho, os conselhos, mesmo a afeição não serão mais eficazes do que a tua esmola.” (Cheverus, in O Evangelho Segundo o Espiritismo, FEB, 62ª ed., p.274).

            O nosso Mário Barbosa (1936-1990) costumava dizer que o serviço assistencial espírita consiste em evangelizar grupos particulares, entendendo-o como a construção dos sentimentos. Seguramente, devemos ao Mário a melhor reflexão em torno dessas questões assistenciais no movimento espírita. A reflexão sem prática leva à estagnação. Mas, a prática sem reflexão (não sei o que seria pior) leva ao erro, à repetição do erro, às falsas condutas, ao farisaísmo, ao dogmatismo, à superação metodológica. No campo deste artigo, penso que a ausência de reflexão resulta em assistencialismo.
            Para o movimento espírita, aliás, sempre foi muito importante a área social. Faz parte da história do Espiritismo no Brasil o desenvolvimento de ações sociais, que o tornaram respeitado e permitiram o seu avanço no entendimento das pessoas. Atualmente, procura-se resgatar Kardec para o serviço assistencial espírita. O exame crítico do passado revela um primeiro momento assistencialista, sob a moldura das obras de grande porte, difíceis de administrar. Um segundo momento, coincidente com o aparecimento das escolas de serviço social, é tecnicista, com os seus fichários e entrevistas, resultando em progresso, posto que os tempos eram outros (saindo do peixe dado, para o aprender a pescar). Em realidade, o serviço assistencial espírita observava atento a expansão da miséria material em nosso país, nada parecido com uma pobreza quase romântica do primeiro momento.
            Mas, a prática assistencial espírita estava dividida pelos aspectos material e espiritual. Não há fronteiras para o serviço assistencial espírita, cujos fundamentos se agitam no processo de construção dos sentimentos, sejam daquele que presta assistência, como do que é pretensamente assistido. Essa relação carece de horizontalidade, para ser eficaz, eficiente e efetiva em termos evangélicos. O que o serviço assistencial espírita propõe é a disseminação de uma nova mentalidade, em que as necessidades e os valores do ser, como a auto-estima e a auto-realização, fecundem a consciência paradigmaticamente renovadora do pertencer ou saber-se participante.
            Simplificadamente, o serviço assistencial espírita tem-se resolvido na ação assistencialista, improdutiva sob diversos aspectos. Dar coisas (quase sempre úteis, é verdade) não pode e não deve ser o resumo dessa atividade verdadeiramente iniciática do Centro Espírita. A essência da caridade não repousa no dar (v. conceito de caridade na 1ª Epístola de Paulo aos Coríntios, cap. XIII, vv. 1 a 7 e Questão 886, de O Livro dos Espíritos). A caridade, que necessariamente se expressa no mundo das relações, é processo de transformação interior, pela substituição gradual do egoísmo. Decorre da expansão da consciência, pela compreensão vivenciada das realidades espirituais que a todos é facultada, independente de posses materiais.
            Entre os espíritas não há, portanto, a opção pelos pobres, como síntese programática. Em países como o Brasil, a miséria é um alvo importante, mas não define os objetivos de uma doutrina social espírita, cuja proposta é bem mais abrangente, podendo até, passar pela opção (desde que útil) da pobreza pessoal. O que melhor se estima nesse processo são os valores da convivência, plena de significação existencial. O serviço assistencial no Centro Espírita é, pois, escola de renovação mental, buril que prepara para os relacionamentos normais da vida ativa de cada um.
            Se ao Mário devemos o conceito convivencial do serviço assistencial espírita, dois passos adiante da assistência e do serviço social, e que deles não prescinde, foi com o Edvaldo Roberto de Oliveira que compreendemos evangelicamente sua metodologia de ação. Em Lucas 10.25-37, a parábola do Samaritano está impregnada de um roteiro pleno de significações eso-exotéricas que nos permitem bem avaliar procedimentos históricos e aprender sobre a relação de convivência consciente. Quem fala inicialmente, para provocar, é um experto em leis: que devo fazer para herdar a vida eterna (vida imanente, na tradução de Pastorino)? Jesus não responde, vale-se, senão da maiêutica, mas da especialização do interlocutor, permitindo-lhe definir: que lês na lei? E, pela primeira vez no Evangelho, se anuncia a regra áurea, segundo a qual deve-se amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, mais tarde confirmada em Mateus 22.34-40 e Marcos 12.28-34: nestes dois preceitos estão resumidos toda a lei e os profetas. Por isso, diz o Mestre ao Doutor interpelante: faze isso e viverás. Então, como se vê, no meio intelectual judeu o preceito já era conhecido. E, como é comum em ambientes de mero conhecimento (acadêmico), o especialista precisou justificar-se: e quem é meu próximo? Foi o que bastou para que Jesus enunciasse o modo espontâneo de praticar com pureza a lei do amor, fundamento da vida social. Fê-lo através de uma estória singular, sem perda da história plural, dizendo: certo homem descia de Jerusalém a Jericó e caiu entre ladrões que, tendo-o não só despido como batido até chagá-lo, foram embora deixando-o meio morto. Valer-nos- emos das explicações de Carlos Torres Pastorino, para entendermos melhor. Jerusalém, que as palavras hebraicas têm significado simbólico, quer dizer visão da paz, estar purificado. Jericó significa a lua dele, estar sujeito a variações vibratórias. Assim, o espírito se pôs no mundo, baixando suas vibrações, encontrando-se com ladrões de sua paz (sensações) e salteadores de sua espiritualidade (emoções). Ver isso na parábola é importante, porque aponta mais além do corpo físico, permitindo-nos perceber o ensinamento também no plano mais elevado e iniciático da renovação mental. É significativa essa simultaneidade da visão. O fato é que temos diante de nós um espírito reencarnado, um homem em dificuldades, a quem é devido atender. Como sabemos, desciam também pelo mesmo caminho, um após o outro, um sacerdote, um levita e, por fim, um samaritano, este odiado pelos judeus, e não incluído na relação dos que se enquadravam na expressão próximo. O primeiro representa as religiões organizadas, enquanto o segundo os amigos (aliados, auxiliares no templo). Estimulados pelas reclamações evidentes, suas reações são patéticas: uns utilizam a voz e não as mãos, enquanto os companheiros também nada podem quanto aos problemas profundos. A relação afetiva real depende de quem esteja tocado de espiritualidade. Na linguagem hebraica, samaritano é o vigilante, alguém com a consciência desperta. E o que basta. Relembre-se que os samaritanos eram desprezados pelos judeus, que os equiparavam aos pagãos, e isso Jesus precisava denunciar ao sacerdote que o questionava, para ampliar-lhe a percepção do ser. Mas o essencial era ensinar o método para dar-se cumprimento à lei judaica, assim enunciada e aceita.
            Edvaldo assinala os passos: 1. observar; 2. aproximar-se; 3. utilizar os recursos disponíveis; 4. acompanhar; 5. tomar-se responsável pelo outro. Decerto o samaritano vinha montado no jumento, como era hábito. Vendo o quadro de dificuldades, teve compaixão, provando a sua disponibilidade. Então, aproximou-se, tendo que descer do jumento, pondo-se no mesmo nível, e aí, enfaixou-lhe as feridas, derramando sobre elas azeite e vinho, costume da época, que eram os recursos existentes. Na linguagem iniciática (mais elevada), o azeite representa bálsamo de conforto e consolação, e o vinho a interpretação e explicações espirituais. Mas, isto tudo ainda não é o suficiente. Põe-no sobre o jumento e leva-o a uma hospedaria, que é o lugar onde poderá refazer-se ou libertar-se pela meditação ao lado de um mestre (hospedeiro), fazendo-se seu fiador. E só então o deixará, quando estiver refeito e puder caminhar por seus próprios pés. Será, pois, fundamental o esclarecimento, para que as responsabilidades existenciais não sejam transferidas. Assim nos parece o serviço assistencial espírita. Uma atividade com os recursos proporcionais aos seus objetivos, mas que sempre poderá fundar-se no crescimento espiritual dos seus adeptos.
            É bom que se previna: o essencial no modelo espírita é a renovação mental. Não importa de que atividade se trate, seja o serviço assistencial, a mediunidade, o estudo científico, a expressão literária, o que for, o interesse mais significativo repousa no desenvolvimento do ser, assinalado pelo desinteresse pessoal, conforme a questão 895, de O Livro dos Espíritos.



Este artigo foi publicado na Revista Harmonia

sexta-feira, 21 de março de 2014

Comunhão com Deus

 “Todos os males que nos afetam têm origem na falta de comunhão com Deus. Conseqüentemente, tudo que nos causa aflições, mágoas e sofrimentos, resolver-se-á como que por encanto, mediante o estabelecimento de nossas relações com a Divindade. Da harmonia com o infinito depende todo o nosso bem.”

(Nas Pegadas do Mestre, Vinícius, pág.. 119, Editora FEB, copyright 1995, 4ª edição)

Oração

 "A qualidade principal da prece é ser clara, simples e concisa. Cada palavra deve ter alcance próprio, despertar uma ideia, por em vibração uma fibra da alma. Numa palavra: deve fazer refletir. Somente sob essa condição pode a prece alcançar o seu objetivo; de outro modo, não passa de ruído.”  (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, cap. 2)

Pelos frutos

Emmanuel, livro Fonte Viva, psicografia de Francisco Cândido Xavier                              
                           “Por seus frutos os conhecereis”. - Jesus. MATEUS, 7:16
Nem pelo tamanho.
Nem pela configuração.
Nem pelas ramagens.
Nem pela imponência da copa.
Nem pelos rebentos verdes.
Nem pelas pontas ressequidas.
Nem pelo aspecto brilhante.
Nem pela apresentação desagradável.
Nem pela antiguidade do tronco.
Nem pela fragilidade das folhas.
Nem pela casca rústica ou delicada.
Nem pelas flores perfumadas ou inodoras.
Nem pelo aroma atraente.
Nem pelas emanações repulsivas.
Árvore alguma será conhecida ou amada pelas aparências exteriores,
mas sim pelos frutos, peja utilidade, pela produção.
Assim também nosso espírito em plena jornada...
Ninguém que se consagre realmente à verdade dará testemunho de
nós pelo que parecemos, pela superficialidade de nossa vida, pela
epiderme de nossas atitudes ou expressões individuais percebidas ou
apreciadas de passagem, mas sim pela substância de nossa
colaboração no progresso comum, pela importância de nosso
concurso no bem geral.
- "Pelos frutos os conhecereis" - disse o Mestre.
- "Pelas nossas ações seremos conhecidos" - repetiremos nós.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Grupos de estudo devem promover a transformação moral de seus alunos

“O espiritista possui nos conteúdos doutrinários, os instrumentos hábeis para mudar a situação que vivemos, por intermédio da educação das gerações novas, da autoeducação, mediante a transformação moral que se deve impor e também dos esclarecimentos que tornam-na capaz de mudar as estruturas perturbadoras da sociedade.”   Bezerra de Menezes

Quando tornar-se expositor da doutrina espírita

 “O Espiritismo é revelação transcendente, ciência celeste que nos convida a renovar nossos cabedais morais e intelectuais, a cultivar o bom senso, meditar profundamente, para reconhecer que essa filosofia, pelo Alto revelada, traz em seu bojo sutilezas que convém serem conhecidas antes que venhamos a apresentar-nos como expositores de seus princípios.”  Yvonne A. Pereira, livro A luz do Consolador.

sábado, 8 de março de 2014

Fenômenos mediúnicos

Por Albino Teixeira

Os fenômenos mediúnicos a se evidenciarem, inevitáveis, nas estradas do homem, guardam expressiva similitude com a presença das águas, nos caminhos da Terra.
Águas existem, por toda a parte.
Possuímo-las cristalinas em fontes recamadas de areia, pesadas de barro nos rios que desgastam o solo, tisnadas na sarjeta em que rolam depois da chuva, lodacentas no charco, infectas, amargas em poços largados no esquecimento, semi-envenenadas nos esgotos de lama...
Todas elas, contudo, podem ser decantadas, medicadas, purificadas e renovadas para servir.
Assim também os fenômenos mediúnicos.
Venham de onde vierem, assinalam-se por determinado valor.
Entretanto, é preciso não esquecer que devem ser examinados, raciocinados, interpretados e compreendidos para mostrarem proveito justo. 
Para eles e junto deles, todos nós temos a Doutrina Espírita por filtro de tratamento.
À vista disso, não desprezeis fato algum, mas, igualmente, em tempo algum não vos canseis de estudar.
 (página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião da Comunhão Espírita Cristã, na noiute de 11-1-1962, em Uberaba, Minas Gerais, Brasil)


quinta-feira, 6 de março de 2014

Destinação da Terra. Causas das misérias humanas

Muitos se admiram de que na Terra haja tanta maldade e tantas paixões grosseiras, tantas misérias e enfermidades de toda natureza, e daí concluem que a espécie humana bem triste coisa é. Provém esse juízo do acanhado ponto de vista com que se colocam os que o emitem e que lhes dá uma falsa ideia do conjunto.

Deve-se considerar que na Terra   não está a Humanidade toda, mas apenas uma pequena fração da Humanidade.

Com efeito, a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão que povoam os inúmeros orbes do Universo. Ora, que é a população da Terra, em face da população total desses mundos? Muito menos que a de uma aldeia, em confronto com a de um grande império. A situação material e moral da Humanidade terrena nada tem que espante, desde que se leve em conta: a destinação da Terra e a natureza dos que a habitam.

Jesus disse: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vo-lo teria dito " (João, 14:1 a 3), o Mestre estava nos ensinando o princípio da pluralidade dos mundos habitados.

Espanta-se em encontrar na Terra, tanta maldade e más paixões, tantas misérias e enfermidades.
Pensa-se: Toda a humanidade é uma triste coisa.
Porém esse julgamento é limitado e falso: a Terra não representa toda a humanidade, mas sim uma pequena porção dela.
Tomando-se a Terra como planeta ainda de provas e de expiação, compreende-se por que ainda as aflições sobrepujam as alegrias.
Não se envia a um hospital pessoas sadias, nem às casas de correção aqueles que não fizeram o mal.
Da mesma forma que numa cidade, toda a população não está nos hospitais ou nas prisões, toda a humanidade não está sobre a Terra.

LEI DE CAUSA E EFEITO

André Luiz [Ação e Reação] nos diz:

"É a conta do destino criada por nós mesmo, englobando os créditos e os débitos que em particular nos digam respeito. É o sistema de contabilidade do Governo da Vida."

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA LEI DE CAUSA E EFEITO:

Allan Kardec examina [CI-cap VII] com profundidade a Lei de Causa e Efeito. Através de 33 itens, ele tece inúmeros comentários importantes a respeito. 

Apresentamos uma síntese:

a) "O estado feliz ou desgraçado de um Espírito é inerente ao seu grau de pureza ou impureza. A completa felicidade prende-se à perfeição. Toda imperfeição é causa de sofrimento e toda virtude é fonte de prazer."
O homem sofre em função dos defeitos que tem: a inveja, o ciúme, a ambição, egoísmo, maldade, os vícios sociais são as causas fundamentais dos sofrimentos.
Portanto, o único caminho que nos levará à felicidade completa é o do esforço constante no combate às más inclinações, através da reforma íntima;

b) "O bem como o mal são voluntários e facultativos: livre o homem não será fatalmente impelido para um nem para outro."
Em [LE-qst 645] os benfeitores espirituais afirmam que não há arrastamento irresistível. O homem tem sempre liberdade de escolher entre o bem e o mal e seguir o caminho da Correção ou do vício. Por esse motivo, por ter escolhido livremente a opção a tomar, ele torna-se responsável pelos seus atos. 

Emmanuel diz:
"A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória."