sexta-feira, 26 de outubro de 2012

DIVALDO FRANCO E SEU OBSESSOR


Divaldo Pereira Franco narrou em uma de suas palestras a história de um obsessor que o perseguiu anos a fio. Contou que tentou todas as formas de prece e de doutrinação para tentar ajudar aquele irmão sofredor, mas nada surtia o efeito desejado. Até que um dia, um dos membros da Mansão do Caminho (instituição modelo, criada e presidida por Divaldo Franco, que abriga crianças órfãs), foi chamá-lo porque uma criança recém-nascida fora encontrada na lata de lixo. Divaldo correu até o local e, no momento em que subia as escadas da instituição com a criança nos braços, o irmão obsessor se fez visível no alto da escada e perguntou a ele:
Você ama essa criança feia e suja desse jeito?
Divaldo respondeu:
- Ainda não amo, mas pretendo aprender a amá-la.
Prosseguiu o irmão desencarnado:
- Então, a partiu de agora, eu vou deixar você em paz, porque essa criança é minha mãe.

Os Espíritos amigos tiveram que atingir as fibras mais íntimas do obsessor para que ele se comovesse e deixasse Divaldo em paz.

UMA MENSAGEM PARA VOCÊ!


Quando a dor te apareça, não te ausentes da prova... Aquilo que se apura nasce do sacrifício. O buril fere a pedra faz-se a pedra obra-prima.  No trabalho que faças o Céu trabalha em ti.  Ergue a fronte, coragem!...  A vida te pertence.  Ninguém pode afastar-se do programa de Deus.
Seja qual for a provação que te visita, acalma-te e espera.
Muitas vezes, quando a resposta do Céu parece tardar, ante o pedido que formulaste, em oração, semelhante demora significa que o Céu, em silêncio, permanece Contando com a tua paciência.
(Emmanuel, duas mensagens: "Ergue a Fonte" e "Calma e Esperança", F. C. Xavier)

terça-feira, 9 de outubro de 2012

ESPINHOS NA JORNADA CRISTÃ


Convite de Joanna de Angelis
ESPINHOS NA JORNADA CRISTÃ
O pântano silencioso, às vezes, com águas tranquilas, guarda, na sua intimidade, a vaza fétida e venenosa.
A roseira que esplende de belas flores perfumadas, cobre as suas hastes com espinhos pontiagudos.

Na aparência a água destilada e o ácido sulfúrico têm a mesma apresentação.

As plantas carnívoras atraem as suas vítimas exalando suave doce perfume...

O Sol que aquece a vida e a mantém, é portador também dos raios infravermelhos e ultravioletas 
que danificam o organismo.

Sorrisos de amabilidade também ocultam infames traições e crueldades.

A calúnia, a perversidade, a perseguição, nem sempre apresentam-se com as características 
que lhe são peculiares, mantendo-se ocultas nos disfarces da hipocrisia e da desfaçatez.

É natural, portanto, que na estrada sublime do Evangelho, estejam escondidos espinhos 
que dificultam a marcha do viajor dedicado e tomado pelas emoções superiores.

São eles que testificam os valores de que o mesmo se encontra revestido, pois que, se o seu devotamento não é autêntico, logo foge do compromisso, queixando-se de dificuldades e de sofrimentos.

Quando alguém elege o serviço de Jesus na Terra, pode ter a certeza de que a incompreensão o segue em pós, a inveja o atinge com as setas da calúnia e da deslealdade, justificando-se de mil maneiras, a fim de ocultar a face inferior que lhe é peculiar.

Todos aqueles que foram fiéis ao Mestre ao longo dos séculos, padeceram as injunções penosas do caminho elegido  para O acompanhar.

Não apenas, porém, os servidores da Verdade, mas todos os indivíduos que se destacam na 
comunidade pelos valores de nobreza e de dedicação à causa do Bem e do progresso das demais criaturas, são convidados ao pagamento pela glória de servir.

A sua caminha é sempre marcada por dores inconcebíveis, por competições infames e por injunções inacreditáveis, especialmente no meio de quantos deveriam comportar-se de maneira diferente.

Sucede que a Terra é ainda o mundo de provações e ninguém consegue avançar no rumo soberano da Grande Luz sem vencer a sombra exterior, após haver superado a própria sombra interior...

Por essa razão é reduzido o número de pessoas dedicadas à construção da harmonia e da fraternidade,  sendo muito mais fáceis e expressivas aquelas que aderem ao comodismo, à indiferença, à acusação indébita,  à infâmia, defendendo a sua área de dominação.

Quando se trata de uma revolução positiva e idealista, há uma recusa quase generalizada,
por parte daqueles que se encontram satisfeitos consigo próprios, suas alegrias fisiológicas e interesses egotistas.

As ideias novas e progressistas incomodam, e, além disso, os invejosos que não são capazes de superar os paladinos dos movimentos renovadores atacam-nos ferozmente, porque gostariam de estar no seu lugar, sem o conseguir.   
    
*
Sempre encontrarás espinhos sob a areia fina da estrada ou pedrouços no terreno a conquistar.

Desde que te candidatas ao serviço do Mestre Jesus, não podes anelar por aquilo que Ele não rejeitou, embora sendo o Eleito de Deus.

Toda a Sua vida esteve sob acusações falsas, perseguições mesquinhas, injunções más, 
forjadas pelos inimigos da Humanidade, que dela somente se beneficiam sem qualquer contribuição favorável.

Nunca esperes retribuição pelo que faças de dignificante e honorável.

Que te bastem as satisfações e prazeres da ação desempenhada e não os efeitos a que deem lugar.

A tarefa do semeador é distribuir as bênçãos de que se faz instrumento e seguir adiante.

Quanto possível, deves erradicar a erva má que lhes ameace o desenvolvimento, quando na condição de plântulas frágeis, resguardá-las das intempéries e dos inimigos naturais, sem preocupar-te contigo.

Igualmente, não guardes qualquer ressentimento em relação àqueles que se divertem com os teus sofrimentos, que se comprazem com as tuas aflições na seara.

Eles também não passarão incólumes, pois que a vereda é a mesma para todos.

Mesmo agora, com sorrisos e esgares, aparentando felicidade, encontram-se enfermos, sofridos, necessitados...

Todos aqueles que se apresentam como privilegiados de hoje serão chamados aos testemunhos amanhã.

Quem hoje sofre, avança para as cumeadas da interação com o Pai, através do devotamento e 
da sinceridade dos seus atos.

Desse modo, quanto mais diatribes te atirem, mais convicção segurança adquires em torno da excelência do trabalho ao qual te afervoras.

Teme, porém, quando facilidades e aplausos te acompanharem no serviço. São muito perigosos, 
porquanto constituem retribuição pelo que foi realizado, ou apenas simulações e hipocrisias, 
e isso equivale a um tipo de pagamento à vaidade e à presunção.

Desde que trabalhas sob o comando do Mestre a Ele cabem as bênçãos do futuro da tua cooperação, e a ti a alegria de estares ao Seu lado.

Todos aqueles que O acompanharam, com exceção do discípulo amado provaram os rudes testemunhos, inclusive, o holocausto da própria vida.

Que esperas, por tua vez?!

Resta-te, somente, servir mais e melhor, consciente de que o teu grão de mostarda é também valioso no conjunto da semeadura de luz.

Alegra-te, pois, quando caluniado, vilipendiado, sem razão atual, porquanto, estarás expungindo,
o que representa uma verdadeira dádiva dos Céus.

Enquanto alguns estão comprometendo-se, tu caminhas redimindo-te, pouco importando-te com, 
a maneira pela qual isso acontece.

Tem, pois, compaixão dos teus adversários e sê-lhes amigo desconhecido e maltratado.

São poucos os seres humanos que desejam tornar-se amigos, servir, durante a caminhada que lhes é rica de carências, pródiga de diversões e escassa de abnegação.        
               
*
Onde estejas com quem te encontres, nunca deixes de assinalar a tua presença com a ternura, a misericórdia, a alegria de amar e de servir.

As pegadas mais fortes são aquelas transformadas em luzes que brilham apontando o rumo de segurança. 

Caso tenhas coragem, após sofreres os acúleos da estrada, retira-os, a fim de beneficiares 
todos aqueles que venham depois de ti.

Que a tua dor não seja por eles experimentada, nem os teus suores de sofrimentos íntimos 
derramem-se pelas faces dos futuros divulgadores do Infinito Amor.
                                               (Joanna de Angelis –Reformador de setembro2012)

sábado, 6 de outubro de 2012

NOSSAS PERSONAS


Na Grécia e na Roma antiga, era comum os atores se utilizarem de máscaras para interpretar seus personagens.
A essas máscaras era dado o nome de persona. Daí a origem da palavra personagem.
A palavra persona vem do latim, per sonare, ou soar através de, pois essas máscaras faziam com que a voz dos atores bem chegasse aos espectadores.
Muito mais tarde, no Século XX, um célebre estudioso da mente e do comportamento humano, o suíço Carl Jung, se utilizou da mesma palavra para descrever um tipo de comportamento dos seres humanos. O de utilizarmos máscaras para nos relacionarmos.
Não somos poucos os que nos utilizamos de pesadas máscaras para esconder dores, dificuldades e dramas que marcam nossa alma.
Não somos poucos os violentos e agressivos, que fazemos desse comportamento nossa rota de fuga para esconder fragilidades, medos e inseguranças.
E, em grande número, somos os críticos inveterados, os justiceiros de plantão, a postos para apontar o dedo, acusar, mas que agimos assim para esconder agudos sentimentos de inveja.
Outros de nós, prepotentes, tiranos, sempre a humilhar e espezinhar todos, escondemos atrás dessa máscara complexos de inferioridade e as próprias limitações.
Não faltam os que nos posicionamos como paladinos da moral, da ordem, intolerantes com os deslizes alheios, buscando, dessa maneira, disfarçar em nós profundos distúrbios comportamentais e morais.
Quase sempre refletimos o oposto do que somos em realidade.
É por essa razão que, ao encontrarmos um companheiro de jornada que se mostra difícil, pesado, bom será avaliemos se tratar de uma alma frágil, em rota de fuga através de máscaras, que escolheu para representar um personagem que efetivamente não é.
Verificaremos que, ao perfurarmos a casca, ao analisarmos com mais cuidado, encontraremos a alma dizendo das suas dificuldades, buscando fugir de si mesma.
Para esses companheiros, utilizemo-nos do olhar de amor, da indulgência, da compreensão, em exercício de tolerância.
Se hoje já conseguimos perceber as limitações na alma daqueles que seguem conosco, utilizemos o olhar do entendimento para com eles.
E toda vez que eles nos oferecerem as pedras e espinhos da personalidade que apresentam, ofertemos a compreensão.
Todo progresso individual, toda descoberta de si mesmo é processo solitário e doloroso.
Não é por outro motivo que muitos adiamos o encontro conosco mesmos, estagiando em processos difíceis, que levam a lugar algum.
Assim, se conseguirmos perceber em nós algum desses mecanismos de fuga, esforcemo-nos por deles nos desvencilhar, buscando o encontro inadiável conosco mesmos, no processo de sublimação pessoal.
*   *   *
A revisão de conceitos e atitudes nos convida a nos dispormos ao abandono do que nos for inconveniente e nos esteja a reter a marcha do progresso.
Proponhamo-nos à renovação de opiniões, de posições enrijecidas sempre que necessário, abraçando diretrizes morais enriquecedoras.
Fará bem a nós. Fará bem ao mundo.

Redação do Momento Espírita.
Em  29.09.2012.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

03/10/1804 - Nasce Hippolyte Léon Denizard Rivail, ou simplesmente Allan Kardec


A vida e a obra de Allan Kardec

Grupo Espírita Apóstolo Paulo
Hippolyte Léon Denizard Rivail, ou simplesmente Allan Kardec, foi o codificador da Doutrina Espírita. Antes de conhecermos melhor a vida deste professor francês, mostraremos como foi seu primeiro contato com o mundo espiritual, que conseqüentemente serviu de marco inicial para o Espiritismo.

Kardec e os Espíritos

Em 1855, Hippolyte Léon Denizard Rivail, professor francês de aritmética, pesquisador de astronomia e magnetismo, foi convidado por um amigo seu a ver de perto estas manifestações que ocorriam nos salões da capital francesa. Rivail era discípulo de Pestalozzi, chamado de pai da pedagogia moderna, e casado com Amélie Gabrielle Boudet. Nascido em 03 de outubro de 1804, na cidade de Lyon, já ouvira sobre o assunto das mesas girantes e não entendia bem o que estava acontecendo. Homem criterioso, Rivail não se deixava levar por modismos e como estudioso do magnetismo humano acreditava que todos os acontecidos poderiam estar ligados à ação das próprias pessoas envolvidas, e não de uma possível intervenção espiritual.
O professor então participou de algumas sessões, e algo começou a intrigá-lo. Percebeu que muitas das respostas emitidas através daqueles objetos inanimados fugiam do conhecimento cultural e social dos que faziam parte do "espetáculo". Como os móveis, por si só, não poderiam mover-se, fatalmente havia algum tipo de inteligência invisível atuando sobre os mesmos, e respondendo aos questionamentos dos presentes.
Rivail presenciava a afirmação daqueles que se manifestavam, dizendo-se almas dos homens que viveram sobre a Terra. Foi então, que uma das mensagens foi dirigida ao professor. Um ser invisível disse-lhe ser um Espírito chamado Verdade e que ele, Rivail, tinha uma missão a desenvolver, que seria a codificação de uma nova doutrina .
Atento aos dizeres do Espírito, e depois de muitos questionamentos à entidade, pois não era homem de impressionar-se com elogios, resolveu aceitar a tarefa que lhe fora incumbida.
O Espírito de Verdade disse-lhe ser sim uma falange de Espíritos superiores que vinha até aos homens cumprir a promessa de Jesus, no Evangelho de João, capítulo XIV; versículos 15 a 26: "E eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conhecereis, porque habita convosco e estará em vós... Mas, aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito".
Através dos Espíritos, Rivail descobriu que em uma de suas encarnações anteriores foi um sacerdote druida, de nome Allan Kardec.
Foi então que resolveu adotar este pseudônimo durante a codificação da nova doutrina, que viria a se chamar Doutrina Espírita ou Espiritismo. Kardec assim procedeu para que as pessoas, ao tomarem conhecimento dos novos ensinamentos espirituais, não os aceitassem por ser ele, um conhecido educador, quem estivesse divulgando. Mas sim, que todos os que tivessem contato com a boa nova a aceitassem pelo seu teor racional e sua metodologia objetiva, independente de quem a divulgasse ou a apoiasse.

A Codificação

A partir daí foram 14 anos de organização da Doutrina Espírita. No início, para receber dos Espíritos as respostas sobre os objetivos de suas comunicações e os novos ensinamentos, Kardec utilizou um novo mecanismo, a chamada cesta-pião: um tipo de cesta que tinha em seu centro um lápis. Nas bordas das cestas, os médiuns, pessoas com capacidade de receber mais ostensivamente a influência dos Espíritos, colocavam suas mãos, e através de movimentos involuntários, as frases-respostas iam se formando. Julie e Caroline Baudin, duas adolescentes de 14 e 16 anos respectivamente, foram as médiuns mais utilizadas por Kardec no início.
Com o decorrer do tempo, a cesta-pião foi dando lugar à utilização das próprias mãos dos médiuns, fenômeno que ficou conhecido como psicografia.
Todas as perguntas e respostas feitas por Kardec aos Espíritos eram revisadas e analisadas várias vezes, dentro do bom senso necessário para tal. As mesmas perguntas respondidas pelos Espíritos através das médiuns eram submetidas a outros médiuns, em várias partes da Europa e América. Assim, o codificador viajou por cerca de 20 cidades. Isso para que as colocações dos Espíritos tivessem a credibilidade necessária, pois estes médiuns não mantinham contato entre eles, somente com Kardec.
Este controle rígido de tudo o que vinha de informações do mundo espiritual ficou conhecido por "Controle Universal dos Espíritos". Disto, estabeleceu-se dentro da Doutrina Espírita que qualquer informação vinda do plano espiritual só terá validade para o Espiritismo se for constatada em vários lugares, através de diversos médiuns, que não mantenham contato entre si. Fora isso, toda comunicação espiritual será uma opinião particular do Espírito comunicante.
Com todo um esquema coerentemente montado, Allan Kardec preparou o lançamento das cinco Obras Básicas da Doutrina Espírita, a Codificação, tendo início em 1857 com o lançamento de "O Livro dos Espíritos". Estes livros contêm toda a teoria e prática da doutrina, os princípios básicos e as orientações dos Espíritos sobre o mundo espiritual e sua constante influenciação sobre o mundo material.
Durante a codificação, Kardec lançou um periódico mensal chamado "Revista Espírita", em 1858. Nele, comentava notícias, fenômenos mediúnicos e informava aos adeptos da nova doutrina o crescimento da mesma e sua divulgação. Servia várias vezes como fórum de debates doutrinários, entre partidários e contrários ao Espiritismo. A Revista Espírita foi a semente da imprensa doutrinária.
No mesmo ano, Kardec viria a fundar a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Constituída legalmente, a entidade passou a ser a sociedade central do Espiritismo, local de estudos e incentivadora da formação de novos grupos.
Allan Kardec desencarnou em 31 de março de 1869, aos 65 anos, vítima de um aneurisma. Sua persistência e estudo constantes foram essenciais para a elaboração do movimento espírita e organização dos ensinos do Espírito de Verdade.
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A ORAÇÃO SEGUNDO ANDRÉ LUIZ


Todos nós sabemos o valor que a oração possui em nossas vidas, o próprio Mestre Jesus, em seu Evangelho, falou-nos de sua importância e nos ensinou como orar:

Por isso vos digo: todas as coisas que vós pedirdes orando, credes que haveis de ter, e que assim vos sucederá”. (Marcos, XI:24)
Quando vos apresentardes para orar, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, a fim de que vosso Pai, que está nos Céus, perdoe também os vossos pecados. Se vós não perdoais, vosso Pai que está nos Céus, não vos perdoará também os vossos pecados.” (Marcos, XI:25,26)
Quando orardes, não vos assemelheis aos hipócritas, que se comprazem em orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam sua recompensa. Mas quando quiserdes orar, entrai no vosso quarto e, estando fechada a porta, orai ao vosso Pai em segredo; e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos recompensará. E quando orais, não faleis muito, como os gentios, que pensam ser pela multidão de palavras que serão atendidos. Não vos torneis, pois, semelhantes a eles, porque vosso Pai sabe do que necessitais antes de o pedirdes”. (Mateus, VI:5-8)

Vejamos então o que nosso querido André Luiz nos disse a respeito desse assunto em algumas de suas obras, psicografadas por Chico Xavier:

Missionários da Luz: “A oração é o mais eficiente antídoto do vampirismo. A prece não é movimento mecânico de lábios, nem disco de fácil repetição no aparelho da mente. É vibração, energia, poder. A criatura que ora, mobilizando as próprias forças, realiza trabalhos de inexprimível significação. Semelhante estado psíquico descortina forças ignoradas, revela a nossa origem divina e coloca-nos em contato com as fontes superiores. Dentro dessa realização, o Espírito, em qualquer forma, pode emitir raios de espantoso poder. Os raios divinos, expedidos pela oração santificadora, convertem-se em fatores adiantados de cooperação eficiente e definitiva na cura do corpo, na renovação da alma e iluminação da consciência. Toda prece elevada é manancial de magnetismo criador e vivificante e toda criatura que cultiva a oração, com o devido equilíbrio do sentimento, transforma-se gradativamente, em foco radiante de energias da Divindade”.
Entre a Terra e o Céu: “A prece, qualquer que ela seja, é ação provocando a reação que lhe corresponde. Conforme a sua natureza, paira na região em que foi emitida ou eleva-se mais, ou menos, recebendo a resposta imediata ou remota, segundo as finalidades a que se destina. Cada prece, tanto quanto cada emissão de força, se caracteriza por determinado potencial de freqüência e todos estamos cercados por Inteligências capazes de sintonizar com o nosso apelo, à maneira de estações receptoras”.
Evolução em Dois Mundos: “Assim é que orar em nosso favor é atrair a Força Divina para a restauração de nossas forças humanas, e orar a benefício dos outros ou ajudá-los, através da energia magnética, à disposição de todos os espíritos que desejem realmente servir, será sempre assegurar-lhes as melhores possibilidades de auto-reajustamento, compreendendo-se, porém, que o amor consola, instrui, ameniza, levanta, recupera e redime, todos estamos condicionados à justiça a que voluntariamente nos rendemos, perante a Vida Eterna, justiça que preceitua, conforme os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus-Cristo, seja dado isso ou aquilo a cada um segundo as suas próprias obras, cabendo-nos recordar que as obras felizes ou menos felizes podem ser fruto de nossa orientação todos os dias e, por isso mesmo, todos os dias será possível alterar o rumo de nosso próprio roteiro”.
Mecanismos da Mediunidade: “Daí resulta o impositivo da vigilância sobre a nossa própria orientação, de vez que somente a conduta reta sustenta o reto pensamento e, de posse do reto pensamento, a oração, qualquer que seja o nosso grau de cultura intelectual, é o mais elevado toque de indução para que nos coloquemos, para logo, em regime de comunhão com as Esferas Superiores. A mente centralizada na oração pode ser comparada a uma flor estelar, aberta ante o Infinito, absorvendo-lhe o orvalho nutriente de vida e luz”.