quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A criação universal

 Podemos afirmar com absoluta certeza: Deus é a causa primária de todas as coisas; portanto, tudo origina-se Dele.

             “A matéria cósmica primitiva encerrava os elementos materiais, fluídicos e vitais de todos os universos que desdobram suas magnificências perante a eternidade; ela é a mãe fecunda e primacial de todas as coisas, e o que é mais, a geratriz eterna. Ela não desapareceu, essa substância de onde provêm as esferas siderais; não está morto este poder, pois incessantemente ainda dá à luz novas criações e recebe incessantemente os princípios reconstituídos dos mundos que se apagam do livro eterno.”¹, afirma o Espírito Galileu, na continuação de suas exposições sobre a Uranografia Geral.

             Antoine Laurent Lavoisier (1743/1794), considerado o “pai da Química”, após inúmeras experiências no século XVII, concluiu que "Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma", ou seja a decomposição de um corpo dá origem a outro, num reaproveitamento de seus componentes. O mesmo acontece com os mundos que compõem o Universo.

             A matéria elementar primitiva, submetida à transformações dá origem a outras, mas não deixa de conter os elementos primitivos criados pelo Pai. É essa matéria que preenche todos os corpos e espaços.

             É essa matéria que contém “o princípio vital que dá nascimento à vida dos seres, e a perpetua sobre cada globo segundo sua condição, a princípio em estado latente que dormita ali onde a voz de um ser não o chama. Cada criatura, mineral, vegetal, animal ou de outra espécie – pois há outros reinos naturais dos quais nem mesmo suspeitamos a existência,...”1, é por esta razão que a Ciência Humana está constantemente renovando seus conhecimentos e fazendo novas descobertas, muitas vezes sem perceber quem verdadeiramente é O Gênio Criador, que através de Sua Inteligência Suprema tudo previu e permite que o homem desenvolva-se encontrando o que Ele “deixou escondido”.

             Ainda em estágio primário de conhecimento o homem preocupa-se em descobrir e “inventar” tudo aquilo que o beneficia materialmente e que possa desfrutar já. Ficamos maravilhados com as novas “invenções” sem prever o que virá no futuro.

             Nesse contexto material o Mundo Espiritual ainda é um grande desconhecido e de modo geral pouco interessa à Ciência que encontra-se encantada com o mundo material. Pouquíssimos cientistas ousaram procurar explicações sobre a comprovação da existência da vida além-túmulo.

             As grandes religiões nada ou quase nada sabem explicar aos seus seguidores sobre o que aguarda o homem após morte. As explicações da Doutrina Espírita baseadas nos relatos do próprios “mortos”, sua coerência à respeito das Leis Divinas ainda restringe-se a um pequeno número de pessoas.

             É bem verdade que algumas religiões importantes procuram refletir sobre o assunto e já chegaram à conclusões bastante próximas às informações dos Espíritos.

             Não podemos ter a pretensão de afirmar categoricamente que o Espiritismo é o dono da verdade absoluta e que já sabe tudo a respeito da continuidade da vida; mas podemos reconhecer que encontra-se muito além do conhecimento geral.

             Como é o Espírito? Como foi criado? Qual sua verdadeira composição fluídica? São algumas das grandes dúvidas. Sabemos apenas que somos filhos de um Pai Amoroso e Justo, que nos ama intensamente e que somos imortais.

Bibliografia:
1 – KARDEC, Allan. A Gênese. 19. ed., São Paulo, SP: LAKE, 1999, cap. VI, itens 12-16, p. 95-97 2 – MARTINS, Roberto de Andrade. Físico, Professor da UNICAMP, em O Universo. Teoria sobre sua origem e Evolução.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Na propaganda




“E dir-vos-ão: Ei-lo aqui, ou, ei-lo ali; não vades, nem os sigais.” —
Jesus. (LUCAS, capítulo 17, versículo 23.)
  As exortações do Mestre aos discípulos são muito precisas para provocarem qualquer incerteza ou indecisão.
  Quando tantas expressões sectárias requisitam o Cristo para os seus desmandos intelectuais, é justo que os aprendizes novos, na luz do Consolador, meditem a elevada significação deste versículo de Lucas.
  Na propaganda genuinamente cristã não basta dizer onde está o Senhor.
Indispensável é mostrá-lo na própria exemplificação.
  Muitos percorrem templos e altares, procurando Jesus.
  Mudar de crença religiosa pode ser modificação de caminho, mas pode ser também continuidade de perturbação.
  Torna-se necessário encontrar o Cristo no santuário interior.
Cristianizar a vida não é imprimir-lhe novas feições exteriores. É reformá-la para o bem no âmbito particular.
  Os que afirmam apenas na forma verbal que o Mestre se encontra aqui ou ali, arcam com profundas responsabilidades. A preocupação de proselitismo é sempre perigosa para os que se seduzem com as belezas sonoras da palavra sem exemplos edificantes.
  O discípulo sincero sabe que dizer é fácil, mas que é difícil revelar os propósitos do Senhor na existência própria. É imprescindível fazer o bem, antes de ensiná-lo a outrem, porque Jesus recomendou ninguém seguisse os pregoeiros que somente dissessem onde se poderia encontrar o Filho de Deus.
     Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, livro Caminho, Verdade e Vida

Cultiva a paz


“E, se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ela a vossa paz; e, se não, ela voltará para vós.” – Jesus. (LUCAS, 10:6)

  Em verdade, há muitos desesperados na vida humana. Mas quantos se apegam, voluptuosamente, à própria desesperação? quantos revoltados fogem à luz da paciência? quantos criminosos choram de dor por lhes ser impossível a consumação de novos delitos? quantos tristes escapam, voluntariamente, às bênçãos da esperança?
  Para que um homem seja filho da paz, é imprescindível trabalhe intensamente no mundo Intimo, cessando as vozes da inadaptação à Vontade Divina e evitando as manifestações de desarmonia, perante as íeis eternas.
  Todos rogam a paz no Planeta atormentado de horríveis discórdias, mas raros se fazem dignos dela.
  Exigem que a tranquilidade resida no mesmo apartamento onde mora o ódio gratuito aos vizinhos, reclamam que a esperança tome assento com a inconformação e rogam à fé lhes aprove a ociosidade, no campo da necessária preparação espiritual.
  Para esmagadora maioria dessas criaturas comodistas a paz legítima é realização muito distante.
  Em todos os setores da vida, a preparação e o mérito devem anteceder o benefício.
  Ninguém atinge o bem-estar em Cristo, sem esforço no bem, sem disciplina elevada de sentimentos, sem iluminação do raciocínio. Antes da sublime edificação, poderão registrar os mais belos discursos, vislumbrar as mais altas perspectivas do plano superior, conviver com os grandes apóstolos da Causa da Redenção, mas poderão igualmente viver longe da harmonia interior, que constitui a fonte divina e inesgotável da
verdadeira felicidade, porque se o homem ouve a lição da paz cristã, sem o propósito firme de se lhe afeiçoar, é da própria recomendação do Senhor que esse bem celestial volte ao núcleo de origem como intransferível conquista de cada um.
Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, livro Vinha de Luz