terça-feira, 27 de novembro de 2012

ORAÇÃO DE FRANCISCO DE ASSIS


FRANCISCO DE ASSIS
      
          Dedicou sua vida a causa de Jesus. Pobre, modesto e humilde. Falava com os animais, chamando-os de irmãos, da natureza criada por Deus. Sua prece é sublime e admirada no mundo por todos os Cristãos.

SENHOR!
Fazei de min um instrumento de vossa paz;
onde haja ódio, consenti que eu semeie amor;
perdão onde haja injuria;
fé onde haja dúvida;
esperança onde haja desespero;
luz onde haja trevas;
união onde haja discórdia;
alegria onde haja tristeza.
O DIVINO MESTRE
permiti que eu não procure,
tanto ser consolado quanto consolar;
compreendido quanto compreender;
amado quanto amar;
porque é dando que recebemos;
perdoando é que somos perdoados;
e morrendo é que nascemos para a vida eterna.

BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO


Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus.”
(São Mateus, V:3)

O que se deve entender por pobres de espírito

A incredulidade se diverte com esta máxima: Bem-aventurados os pobres de espírito, como com muitas outras coisas que não compreende. Por pobres de espírito, entretanto, Jesus não entende os tolos, mas os humildes, e diz que o Reino dos Céus é destes e não dos orgulhosos.

Os homens cultos e inteligentes, segundo o mundo, fazem geralmente tão elevada opinião de si mesmos e de sua própria superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de sua atenção. Preocupados somente com eles mesmos, não podem elevar o pensamento a Deus. Essa tendência a se acreditarem superiores a tudo leva-os muito frequentemente a negar o que, sendo-lhes superior, pudesse rebaixá-los, e a negar até mesmo a Divindade. E, se concordam em admiti-la, contestam-lhe um dos seus mais belos atributos: a ação providencial sobre as coisas deste mundo, convencidos de que são suficientes para bem governá-lo. Tomando sua inteligência como medida da inteligência universal, e julgando-se aptos a tudo compreender, não podem admitir como possível aquilo que não compreendem. Quando se pronunciam sobre alguma coisa, seu julgamento é para eles inapelável.

Se não admitem o mundo invisível e um poder extra humano, não é porque isso esteja fora do seu alcance, mas porque o seu orgulho se revolta à ideia de alguma coisa a que não possam sobrepor-se, e que os faria descer do seu pedestal. Eis porque só têm sorrisos de desdém por tudo o que não seja do mundo visível e tangível. Atribuem-se demasiada inteligência e muito conhecimento para acreditarem em coisas que, segundo pensam, são boas para os simples, considerando como pobres de espírito os que as levam a sério.

Entretanto, digam o que quiserem, terão de entrar, como os outros, nesse mundo invisível que tanto ironizam. Então seus olhos se abrirão, e reconhecerão o erro. Mas Deus, que é justo, não pode receber da mesma maneira aquele que desconheceu o seu poder e aquele que humildemente se submeteu às suas leis, nem aquinhoá-los por igual.

Ao dizer que o Reino dos Céus é para os simples. Jesus ensina que ninguém será nele admitido sem a simplicidade de coração e ahumildade de espírito; que o ignorante que possui essas qualidades será preferido ao sábio que acreditar mais em si mesmo do que em Deus. Em todas as circunstâncias, ele coloca a humildade entre as virtudes que nos aproximam de Deus, e o orgulho entre os vícios que Dele nos afastam. E isso por uma razão muito natural, pois a humildade é uma atitude de submissão a Deus, enquanto o orgulho é a revolta contra Ele. Mais vale, portanto, para a felicidade do homem, ser pobre de espírito, no sentido mundano, e rico de qualidades morais.

Do 'Evangelho Segundo o Espiritismo' – Allan Kardec (Capítulo 7)

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O TRATAMENTO DAS DOENÇAS E O ESPIRITISMO


1 - O Espiritismo pode contribuir para o tratamento das doenças?
Emmanuel - A doutrina Espírita, expressando o Cristianismo Redivivo, não apenas descortina os panoramas radiantes da imortalidade, ante o grande futuro, mas é igualmente luz para o homem, a clarear-lhe o caminho; desse modo, desempenha função específica no tratamento das doenças que fustigam a Humanidade, por ensinar a medicina da alma, em bases no amor construtivo e reedificante.
Nas trilhas da experiência terrestre, realmente, a cada trecho, surpreendemos desequilíbrios, a se exprimirem por enfermidades individuais ou coletivas.

2 - Existe uma patologia da alma?
Emmanuel - Mágoas, ressentimentos, desesperos, atritos e irritações entretecem crises do pensamento, estabelecendo lesões mentais que culminam em processos patológicos, no corpo e na alma, quando não se convertem, de pronto, em pábulo da loucura ou em sombra da morte.

3 - Por que acontece assim?Emmanuel - Isso acontece porque milhões de criaturas, repostas no lar, recapitulam amargosas e graves experiências, junto àqueles que atormentaram outrora ou que outrora lhes foram implacáveis verdugos; metamorfoseados em companheiros que, às vezes, trazem o nome de pais e figuram-se adversários intransigentes; responderam por filhos e mais se assemelham a duros algozes dos corações afetuosos que lhes deram o tesouro do berço; carregam a certidão de esposos e parecem forçados, em algemas duplas na pedreira do sofrimento; fazem-se conhecidos por titulares da parentela e exibem-se, à feição de carrascos tranquilos.

4 - Como classificar o reduto doméstico, onde se reúnem sob os mesmos interesses e sob o mesmo sangue os inimigos de existências passadas?
Emmanuel - Do ponto de vista mental,os adversários do pretérito, reencarnados no presente, expandem entre si tamanha carga vibratória de crueldade e rebeldia, que transfiguram o ninho familiar em furna, minado por miríades de raios destrutivos de azedume e aversão.

5 - Qual o papel dos princípios espíritas diante dos conflitos familiares?
Emmanuel - Diante dos conflitos familiares, surgem os princípios espíritas por medicação providencial.

6 - Qual o ponto fundamental do socorro espírita nos males de origem doméstica?
Emmanuel - Claramente, na educação individual e, evidenciando a reencarnação, destaca o impositivo da tolerância mútua, por terapêutica espiritual imediata, a fim de que os pontos nevrálgicos do indivíduo ou do grupo sejam definitivamente sanados.

7 - Como classificam a Doutrina Espírita as pessoas difíceis da convivência ou da consanguinidade?
Emmanuel - A Doutrina Espírita, proclamando o entendimento fraterno por medida inalienável, perante os ajustes precisos, cataloga os irmãos transviados na ficha dos enfermos carecentes de compaixão e socorro.

8 - Como funcionam os ensinamentos espíritas na cura dos males que infelicitam as criaturas humanas?
Emmanuel - Os ensinamentos espíritas, despertando a mente para a necessidade do trabalho e do estudo espontâneo, preparam a criatura em qualquer situação, para a obra do aperfeiçoamento próprio e desvelando a continuidade da vida, para lá da morte, patenteiam ao raciocínio de cada um que a individualidade não encontrará, além-túmulo, qualquer prerrogativa e sim a felicidade ou o infortúnio que construiu para si mesma, através daquilo que fez aos semelhantes.

9 - A caridade pode auxiliar nas curas dos males humanos?Emmanuel- Fácil verificar, assim, que a Doutrina Espírita encerra a filosofia do pensamento reto, por agente preservativo da saúde moral, e consubstancia a religião natural do bem, cujas manifestações definem a caridade por terapêutica de alívio e correção de todos os males que afligem a existência.

10 - Em que fórmulas essenciais se baseiam a terapêutica espírita?
Emmanuel - Com os ensinamentos espíritas aprendemos que os atos de bondade, ainda os mais apagados e pequeninos, são plantações de alegrias eternas e que o perdão incondicional das ofensas é a fórmula santificante para supressão da dor e renovação do destino.

11 - Quais são os medicamentos do espírito?
Emmanuel - Nas atividades espíritas, colhemos do magnetismo sublimados benefícios imediatos, seja no clima do passe, sob o influxo da oração, ou no culto sistemático do Evangelho no Lar, por intermédio dos quais, benfeitores e amigos desencarnados nos reequilibram as forças, através da inspiração elevada, apaziguando-nos os pensamentos, ou se valem de recursos mediúnicos esparsos no ambiente, a fim de nos propiciarem socorro à alma aflita ou às energias exaustas.
Se abraçastes, pois, a Doutrina Espírita, perlustra-lhes os ensinos e compreenderás que a humildade e a benevolência, o serviço e a abnegação, a paciência e a esperança, a solidariedade e o otimismo são medicamentos do Espírito, transformando lutas em lições e dificuldades em bênçãos, porque no fundo de cada esclarecimento e de cada mensagem consoladora, que te fluem da inspiração, ouvirás a palavra do Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
EMMANUEL
(Do livro “Leis Do Amor”, Francisco Cândido Xavier E Waldo Vieira) Fonte: Universo Espírita

PROVOCAÇÕES - Chico Xavier

Se a provação te busca,
Não desanimes. Segue.

Ninguém te estrague o dom
De renovar a vida.

Todos vivem na Terra
Com lições e problemas.

Pelas próprias tendências,
Saberás porque sofres.

Nossa luta maior,
Será sempre em nós mesmos.

Segue e confia em Deus
Deus te orientará.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O PERISPÍRITO


O perispírito, também conhecido como corpo fluídico dos Espíritos e “[...] que une o corpo e o Espírito, é uma espécie de envoltório  semimaterial. A morte é a destruição do envoltório grosseiro [corpo físico]. O Espírito conserva o segundo, que constitui para ele um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, mas que pode se tornar acidentalmente visível e mesmo tangível, como sucede nos fenômenos das aparições.1
A matéria que constitui o corpo físico e o perispírito é “[...] um dos mais importantes produtos do fluido cósmico [...]. No perispírito, a transformação molecular se opera diferentemente, porquanto o fluido conserva a sua imponderabilidade e suas qualidades etéreas. O corpo perispirítico e o corpo carnal têm, pois, origem no mesmo elemento primitivo; ambos são matéria, ainda que em dois estados diferentes.”2
Os elementos que formam o perispírito é retirado do meio ambiente onde vive o Espírito, encarnado ou desencarnado. “Participa ao mesmo  tempo da eletricidade, do fluido magnético e, até certo ponto, da matéria inerte.[...]  É o princípio  da vida orgânica, porém não o da vida intelectual, que reside no Espírito. É, além disso, o agente das sensações exteriores.No corpo, essas sensações estão localizadas nos órgãos que lhes servem de canais. Destruído o corpo, as sensações se tornam gerais.” 3
O perispírito não é igual em todas as pessoas, ainda que os elementos constituintes sejam os mesmos. “[...] A natureza do envoltório fluídico está sempre em relação com o grau de adiantamento moral do Espírito. Os Espíritos inferiores não podem mudar de envoltório a seu belprazer e, por conseguinte, não podem passar, à vontade, de um mundo para outro. O envoltório fluídico de alguns deles, se bem que etéreo e im­ponderável com relação à matéria tangível, é  ainda pesado demais, se assim nos podemos exprimir, com relação ao mundo espiritual, para não permitir que eles saiam do meio que lhes é próprio. Nessa categoria se devem incluir aqueles cujo perispírito é tão grosseiro, que eles o confundem com o corpo carnal, razão por que continuam a crer-se vivos [encarnados].” 4
Outro ponto, não menos importante: “Sendo um dos elementos constitutivos do homem, o perispírito desempenha importante papel em todos os fenômenos psicológicos e, até certo ponto, nos fenômenos fisiológicos e patológicos.”5
Importa considerar que o “[...]  perispírito não se acha encerrado nos limites do corpo, como numa caixa. Pela sua natureza fluídica, ele é expansível, irradia para o exterior e forma, em torno do corpo, uma espécie de atmosfera que o pensamento e a força da vontade podem dilatar mais ou menos.”5 Tal propriedade, chamada expansibilidade, permite que as pessoas se comuniquem entre si e permutem, à revelia, impressões, sentimentos e até pensamentos. 6
“É por meio da perispírito que os Espíritos atuam sobre a matéria inerte  e produzem os diversos fenômenos mediúnicos.” 7 Da mesma forma, comunicam-se com os encarnados, transmitem-lhes bons ou maus pensamentos, de acordo com o grau de moralidade que possuem, ou transmitem informações corretas ou equivocadas, segundo o conhecimento que tenham. Produzem obsessões e são capazes de se imiscuir na vida dos  que vivem no plano físico.
Referências
  1. KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Introdução VI, p.37.
  2. _____. A gênese. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 1 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. XIV, item 7.
  3. _____. O Livro dos Espíritos.Op. Cit., questão257, p. 225.
  4. _____. A gênese.  Op. Cit. Item 9.
  5. _____. Obras póstumas. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 1 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009.  Primeira parte. Cap: Manifestações dos Espíritos. Item 1: O perispírito como princípio das manifestações, n.º 12.
  6. _____. N.º 11.
  7. _____. N.º 13.

Por Marta Antunes Moura - FEB

domingo, 11 de novembro de 2012

NÃO DESANIME

Quando você se observar, à beira do desânimo, acelere o passo para frente, proibindo-se parar.
Ore, pedindo a Deus mais luz para vencer as sombras.
Faça algo de bom, além do cansaço em que se veja.
Leia uma página edificante, que lhe auxilie o raciocínio na mudança construtiva de idéias.
Tente contato de pessoas, cuja conversação lhe melhore o clima espiritual.
Procure um ambiente, no qual lhe seja possível ouvir palavras e instruções que lhe enobreçam os pensamentos.
Preste um favor, especialmente aquele favor que você esteja adiando.
Visite um enfermo, buscando reconforto naqueles que atravessam dificuldades maiores que as suas.
Atenda às tarefas imediatas que esperam por você e que lhe impeçam qualquer demora nas nuvens do desalento.
Guarde a convicção de que todos estamos caminhando para adiante, através de problemas e lutas, na aquisição de experiência, e de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças, mas não se acomoda com a inércia em momento algum.
Autor: André Luiz
Médium: Chico Xavier

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Palestra Espírita - Divaldo Franco - Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho - Parte 1


PRECE PELOS DESENCARNADOS


Pai!... Ao longo da vida fui devolvendo à Ti muitos daqueles que amei...


Um a um, às vezes os mais idosos, as vezes os mais jovens, foram retornando para casa, deixando para trás saudades que até hoje me é difícil suportar; flores que trocastes de jardim, deixando em seu lugar o silêncio e a solidão...

Hoje quero pedir por eles, a todos que de uma forma ou outra estiveram ligados à mim nesta encarnação, para que os abençoe e guarde, a fim de que encontrem paz e serenidade no mundo espiritual.

Muitos deles, Senhor, não obstante o coração generoso, afastaram-se do corpo através de enfermidades dolorosas e incuráveis que lhes minaram as forças até o final, deixando na memória de todos o exemplo da coragem e da fé em Teus desígnios, sem esmorecimento...

Outros, Senhor, desiludidos com as provas que lhes cabiam na derradeira existência, não suportaram e sucumbiram, afastando-se da carne pelo suicídio ou pelas drogas, arcando assim com o agravamento dos débitos que lhes diziam respeito e por isso mesmo infinitamente mais infelizes que antes...

Outros, Pai, deixaram para trás os mais belos e santos laços desencarnando em pleno vigor juvenil, desfazendo-se assim de pesados grilhões passados e retornando com a leveza das aves para os ninhos Superiores, para descansar e prosseguir...

Outros ainda, Senhor, deixaram o corpo como quem abandona fardo inútil após cumprida a tarefa, enveredando-se pelos caminhos da felicidade engalanados de luzes e valores, conquistados pelo trabalho santo a que se dedicaram na Terra, em favor de todos os seus semelhantes...

Representaram muito para mim... Para alguns eu pude dizer "te amo", para outros não... No entanto, pela importância que tiveram em minha vida, o meu amor há de lhes ser carinho constante no além, porque acredito que nada se desfaz com a morte do corpo, pelo contrário, se fortalece...

Que hoje, eu possa levar a todos eles o meu pensamento de ternura e gratidão, para que saibam, estejam onde estiverem, que não estão esquecidos na Terra, habitando em minha lembrança e em meu coração com a mesma força e a mesma sinceridade de antes!

Assim seja!

(André Luiz, IDEAL André, 02/11/2002)