domingo, 22 de março de 2015

Como realizar sete vezes mais do que você veio preparado para fazer

  As experiências de vida de Chico Xavier no tocante ao aproveitamento das horas, nos permitem conhecer uma possibilidade inusitada: podemos multiplicar nossas ações no bem em até sete vezes na atual encarnação.
 Francisco Cândido Xavier aproveitou tão bem as horas, que cumpriu 7 vezes mais tarefas do que estava previsto para a atual encarnação, haja vista a atividade de receber mediunicamente livros, onde Emmanuel lhe avisara do compromisso previamente firmado antes de Chico nascer: "serão 60 livros a serem recebidos pela mediunidade". Foram necessários 31 anos ininterruptos para que a missão de Chico com os livros fosse completada. Mas Chico quis mais e a programação espiritual precisou ser reformulada várias vezes, pois Chico requisitou mais serviço e recebeu outros 360 livros nos seguintes 40 anos de mediunidade¹.

 Leiamos alguns trechos do livro Mensagens de Inês de Castro², onde o autor, Caio Ramacciotti anuncia encontro pessoal com Chico Xavier no ano de 1977, quando obteve do médium o seguinte relato de uma visita espiritual no ano de 1927, apenas dois dias após Chico ter iniciado suas atividades mediúnicas de psicografia. Uma senhora lhe surge à visão espiritual, afirmando chamar-se Isabel de Aragão:

“— Francisco, disse Isabel pausadamente, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, venho solicitar o seu auxílio em favor dos pobres, nossos irmãos.
A emoção possuía minha alma toda, entretanto pude perguntar-lhe, embora as lágrimas cobrissem o meu rosto:
= Senhora, quem sois vós?
— Você não se lembra agora de mim, no entanto sou Isabel de Aragão.
Eu não conhecia senhora alguma que tivesse esse nome e estranhei o que ela dizia.
= Entretanto, uma força interior me continha, e calei qualquer comentário em torno de minha ignorância. Mas o diálogo estava iniciado, e indaguei:
= Senhora, sou pobre e nada tenho a dar.
Que auxílio poderei prestar aos mais pobres do que eu mesmo?
Ela disse:
— Você auxiliará a repartir pães com os necessitados.
Clamei com pesar:
= Senhora, quase sempre não tenho pão para mim. Como poderei repartir pães com os outros?
A dama sorriu e esclareceu-me:
— Chegará o tempo em que você disporá de recursos.
= No primeiro sábado que se seguiu às ocorrências que descrevo, fui com minha irmã Luíza até UMA PONTE MUITO POBRE, ainda hoje existente e reformada, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas, conduzindo um pequeno cesto de oito pães…
Até deixar-nos em 30 de junho de 2002, Chico manteve a distribuição semanal de pães a crianças, famílias e idosos carentes de Pedro Leopoldo e Uberaba, cidades onde desenvolveu seu apostolado.”

 E Chico doaria pão, alinhados ternos, relógios, carros, terrenos e tudo o mais que lhe viesse ter às mãos por doações espontâneas, e que embora muito constrangidamente, Chico se viu na obrigação intuitiva de aceitar. Com certeza no capítulo de doação de pães, aproveitando melhor as horas e trabalhando além do próprio dever Chico também multiplicou sua tarefa em sete vezes.


Fontes:
¹Jornal uberabense "A Flama Espírita", 20 de setembro de 1958, sob o título "Entrevista com Francisco Cândido Xavier".


² Mensagens de Inês de Castro, por Caio Ramacciotti e psicografia de Francisco Cândido Xavier, p.168-170 

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