Estudo ESDE II - para 30/07/12
As desigualdades sociais provenientes das mais
variadas condições econômicas e espirituais dos vários povos da Terra, são
sempre “(...) obra do homem e não de Deus. (...)” (01)
Deus, na realidade, criou os Espíritos iguais
e destinados ao mesmo fim, mas os homens, por força das imperfeições morais que
ainda possuem, criaram leis, muitas delas injustas e até mesmo cruéis, para
regular as relações na Sociedade. Como consequência dessas leis, surgiram as
desigualdades sociais, mais ou menos pronunciadas em determinadas nações,
conforme o grau evolutivo dos seus constituintes humanos.
No
entanto, o progresso segue seu curso
ascendente e ininterrupto e a desigualdade social, como tudo que é
inferior, “(...) dia a dia ela gradualmente se apaga (...). Desaparecerá quando
o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar. Restará apenas a desigualdade do merecimento.
Dia virá em que os membros da grande família dos filhos de Deus deixarão de considerar-se
como de sangue mais ou menos puro. Só o Espírito é mais ou menos puro e isso
não depende da posição social.” (01)
As
desigualdades desaparecerão de modo lento e gradual, de acordo com o ritmo dos esforços
individuais e coletivos, pelo progresso moral, quando então, serão destruídos
os privilégios de casta, sangue, posição, sexo, raça, religião etc.
Devemos compreender, porém, que
com o banimento das desigualdades
sociais não ocorrerá um processo de uniformização dos homens. A espécie humana
não se transformará em máquina, em um sistema robotizado. Os homens se
orientarão pelas leis divinas, a fim de que os seus pendores naturais possam
desabrochar e desenvolver normalmente, sem nenhuma atitude de coerção por parte
de quem quer que seja. Haverá, evidentemente, quem ocupe cargos de maiores ou
menores responsabilidades, mas, com o adiantamento espiritual, os seres humanos
não sofrerão os males do egoísmo, da inveja, do orgulho e do preconceito.
Do
mesmo modo, numa sociedade moralizada, não se compreenderá a diferença, que ainda
hoje se observa, entre homem e mulher. Neste sentido os Espíritos Superiores
perguntam: “Não outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a
faculdade de progredir?” (02)
Logo,
perante os códigos divinos ambos possuem os mesmos direitos; a diferença de
sexo existe por força da necessidade de experiências específicas por que o
Espírito precisa passar. Aliás, o Espírito, centelha divina, não possui sexo,
conforme as denominações humanas.
Entre o
homem e a mulher existe a igualdade de direitos; “(...) das funções, não.
Preciso é que cada um esteja no lugar que lhe compete. Ocupe-se do exterior o
homem e do interior a mulher, cada um de acordo com a sua aptidão. A lei
humana, para ser eqüitativa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e
da mulher. Todo privilégio a um ou a outro concedido é contrário à justiça. A
emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização. Sua escravização
marcha de par com a barbaria. Os sexos, além disso, só existem na organização
física. Visto que os Espíritos podem encarnar num e noutro, sob esse aspecto nenhuma
diferença há entre eles. Devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos.”
(03)
“(...) A desigualdade social é o mais elevado
testemunho da verdade da reencarnação, mediante a qual cada Espírito tem sua
posição definida de regeneração e resgate. Nesse caso consideramos que a
pobreza, a miséria, a guerra, a ignorância, como outras calamidades coletivas,
são enfermidades do organismo social, devido à situação de prova da quase generalidade
dos seus membros. Cessada a causa
patogênica com a iluminação espiritual de todos em Jesus Cristo, a moléstia
coletiva estará eliminada dos ambientes humanos.”(04)
Bibliografia:
01 - Da Lei de Igualdade. In:_.
O Livro dos Espíritos. Trad. de Guillon Ribeiro. 76. ed. R.J.: FEB, 1995. Perg. 806, págs.
376-377.
02 - Perg. 817, pág. 380.
03 - Perg. 822, pág. 381.
04 - XAVIER, Francisco Cândido.
In:. O Consolador Ditado pelo Espírito Emmanuel. 15. ed. R.J. FEB, 1991. Perg. 55,
pág. 45.