Podemos afirmar com absoluta certeza: Deus é a causa primária de
todas as coisas; portanto, tudo origina-se Dele.
“A matéria cósmica
primitiva encerrava os elementos materiais, fluídicos e vitais de todos os
universos que desdobram suas magnificências perante a eternidade; ela é a mãe
fecunda e primacial de todas as coisas, e o que é mais, a geratriz eterna.
Ela não desapareceu, essa substância de onde provêm as esferas siderais; não
está morto este poder, pois incessantemente ainda dá à luz novas criações e
recebe incessantemente os princípios reconstituídos dos mundos que se apagam
do livro eterno.”¹, afirma o Espírito Galileu, na continuação de suas
exposições sobre a Uranografia Geral.
Antoine Laurent
Lavoisier (1743/1794), considerado o “pai da Química”, após inúmeras
experiências no século XVII, concluiu que "Na Natureza nada se cria,
nada se perde, tudo se transforma", ou seja a decomposição de um
corpo dá origem a outro, num reaproveitamento de seus componentes. O mesmo
acontece com os mundos que compõem o Universo.
A matéria elementar
primitiva, submetida à transformações dá origem a outras, mas não deixa de
conter os elementos primitivos criados pelo Pai. É essa matéria que preenche
todos os corpos e espaços.
É essa matéria que
contém “o princípio vital que dá nascimento à vida dos seres, e a perpetua
sobre cada globo segundo sua condição, a princípio em estado latente que
dormita ali onde a voz de um ser não o chama. Cada criatura, mineral,
vegetal, animal ou de outra espécie – pois há outros reinos naturais dos
quais nem mesmo suspeitamos a existência,...”1, é por esta razão que a
Ciência Humana está constantemente renovando seus conhecimentos e fazendo
novas descobertas, muitas vezes sem perceber quem verdadeiramente é O Gênio
Criador, que através de Sua Inteligência Suprema tudo previu e permite que o
homem desenvolva-se encontrando o que Ele “deixou escondido”.
Ainda em estágio
primário de conhecimento o homem preocupa-se em descobrir e “inventar” tudo
aquilo que o beneficia materialmente e que possa desfrutar já. Ficamos
maravilhados com as novas “invenções” sem prever o que virá no futuro.
Nesse contexto
material o Mundo Espiritual ainda é um grande desconhecido e de modo geral
pouco interessa à Ciência que encontra-se encantada com o mundo material.
Pouquíssimos cientistas ousaram procurar explicações sobre a comprovação da
existência da vida além-túmulo.
As grandes religiões
nada ou quase nada sabem explicar aos seus seguidores sobre o que aguarda o
homem após morte. As explicações da Doutrina Espírita baseadas nos relatos do
próprios “mortos”, sua coerência à respeito das Leis Divinas ainda
restringe-se a um pequeno número de pessoas.
É bem verdade que
algumas religiões importantes procuram refletir sobre o assunto e já chegaram
à conclusões bastante próximas às informações dos Espíritos.
Não podemos ter a
pretensão de afirmar categoricamente que o Espiritismo é o dono da verdade
absoluta e que já sabe tudo a respeito da continuidade da vida; mas podemos
reconhecer que encontra-se muito além do conhecimento geral.
Como é o Espírito?
Como foi criado? Qual sua verdadeira composição fluídica? São algumas das
grandes dúvidas. Sabemos apenas que somos filhos de um Pai Amoroso e Justo,
que nos ama intensamente e que somos imortais.
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quarta-feira, 30 de setembro de 2015
A criação universal
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Na propaganda
“E dir-vos-ão: Ei-lo aqui, ou, ei-lo ali; não vades, nem os sigais.” —
Jesus. (LUCAS, capítulo 17, versículo 23.)
As exortações do Mestre aos
discípulos são muito precisas para provocarem qualquer incerteza ou indecisão.
Quando tantas expressões
sectárias requisitam o Cristo para os seus desmandos intelectuais, é justo que
os aprendizes novos, na luz do Consolador, meditem a elevada significação deste
versículo de Lucas.
Na propaganda genuinamente
cristã não basta dizer onde está o Senhor.
Indispensável é mostrá-lo na própria exemplificação.
Muitos percorrem templos e
altares, procurando Jesus.
Mudar de crença religiosa pode
ser modificação de caminho, mas pode ser também continuidade de perturbação.
Torna-se necessário encontrar o
Cristo no santuário interior.
Cristianizar a vida não é imprimir-lhe novas feições exteriores. É
reformá-la para o bem no âmbito particular.
Os que afirmam apenas na forma
verbal que o Mestre se encontra aqui ou ali, arcam com profundas responsabilidades.
A preocupação de proselitismo é sempre perigosa para os que se seduzem com as
belezas sonoras da palavra sem exemplos edificantes.
O discípulo sincero sabe que
dizer é fácil, mas que é difícil revelar os propósitos do Senhor na existência
própria. É imprescindível fazer o bem, antes de ensiná-lo a outrem, porque
Jesus recomendou ninguém seguisse os pregoeiros que somente dissessem onde se
poderia encontrar o Filho de Deus.
Emmanuel, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, livro Caminho, Verdade e Vida
Cultiva a paz
“E, se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ela a vossa paz;
e, se não, ela voltará para vós.” – Jesus. (LUCAS, 10:6)
Em verdade, há muitos
desesperados na vida humana. Mas quantos se apegam, voluptuosamente, à própria
desesperação? quantos revoltados fogem à luz da paciência? quantos criminosos
choram de dor por lhes ser impossível a consumação de novos delitos? quantos
tristes escapam, voluntariamente, às bênçãos da esperança?
Para que um homem seja filho da
paz, é imprescindível trabalhe intensamente no mundo Intimo, cessando as vozes
da inadaptação à Vontade Divina e evitando as manifestações de desarmonia,
perante as íeis eternas.
Todos rogam a paz no Planeta
atormentado de horríveis discórdias, mas raros se fazem dignos dela.
Exigem que a tranquilidade
resida no mesmo apartamento onde mora o ódio gratuito aos vizinhos, reclamam
que a esperança tome assento com a inconformação e rogam à fé lhes aprove a
ociosidade, no campo da necessária preparação espiritual.
Para esmagadora maioria dessas
criaturas comodistas a paz legítima é realização muito distante.
Em todos os setores da vida, a
preparação e o mérito devem anteceder o benefício.
Ninguém atinge o bem-estar em Cristo, sem
esforço no bem, sem disciplina elevada de sentimentos, sem iluminação do
raciocínio. Antes da sublime edificação, poderão registrar os mais belos discursos,
vislumbrar as mais altas perspectivas do plano superior, conviver com os
grandes apóstolos da Causa da Redenção, mas poderão igualmente viver longe da
harmonia interior, que constitui a fonte divina e inesgotável da
verdadeira felicidade, porque se o homem ouve a lição da paz cristã, sem
o propósito firme de se lhe afeiçoar, é da própria recomendação do Senhor que
esse bem celestial volte ao núcleo de origem como intransferível conquista de
cada um.
Emmanuel, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, livro Vinha de Luz
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