Os espíritas têm executado diariamente como primeiro passo para a efetivação da reforma íntima, a realização das indagações à consciência sugeridas por Agostinho, conforme encontram-se alinhadas na questão 919-A de O Livro dos Espíritos. Sugerimos aqui, o segundo passo que consiste em seguir o conselho de Léon Denis para a renovação mental.
No livro O Problema do
Ser, do Destino e da Dor, Léon Denis diz:
“Olhemos atentamente para o fundo de
nós mesmos, fechemos nosso entendimento às coisas externas e, depois de
havermos habituado nossos sentidos psíquicos à escuridade e ao silêncio,
veremos surgir luzes inesperadas, ouviremos vozes fortificantes e consoladoras.” (Página 311)
“Por que meio poremos em movimento as
potências internas e as orientaremos para um ideal elevado? Pela vontade! O uso
persistente, tenaz, desta faculdade soberana permitir-nos-á modificar a nossa
natureza, vencer todos os obstáculos, dominar a matéria, a doença e a morte.” (Página 312)
“É pela vontade que dirigimos nossos
pensamentos para um alvo determinado.”(Página
312)
“Ela (a vontade) pode agir tanto no
sono como na vigília, porque a alma valorosa, que para si mesma estabeleceu um
objetivo, procura-o com tenacidade em ambas as fases de sua vida e determina
uma corrente poderosa, que mina devagar e silenciosamente todos os obstáculos.”
(Página 313)
“Basta-vos querer para sentirdes o despertar em vós de forças desconhecidas.
Crede em vós, em vosso rejuvenescimento em novas vidas; crede em vossos
destinos imortais. Crede em Deus. Sol dos sóis, foco imenso, do qual brilha em
vós uma centelha, que se pode converter em chama ardente e generosa!” (Página 320)
“Falamos incidentemente do método a
seguir para o desenvolvimento dos sentidos psíquicos. Consiste em insular-se
uma pessoa em certas horas do dia ou da noite, suspender a atividade dos
sentidos externos, afastar de si as imagens e ruídos da vida externa, o que é
possível fazer mesmo nas condições sociais mais humildes, no meio das ocupações
vulgares. É necessário, para isso, concentrar-se e, no calmo recolhimento do
pensamento fazer um esforço mental para ver e ler no grande livro misterioso o
que há em nós. Nesses momentos apartai de vosso espírito tudo o que é
passageiro, terrestre, variável. As preocupações de ordem material criam
correntes vibratórias horizontais, que põem obstáculos às radiações etéreas e
restringem nossas percepções. Ao contrário, a meditação, a contemplação e o
esforço constante para o bem e o belo formam correntes ascensionais, que
estabelecem a relação com os planos superiores e facilitam a penetração em nós
dos eflúvios divinos. Com este exercício repetido e prolongado, o ser interno
acha-se pouco a pouco iluminado, fecundado, regenerado. Esta obra de preparação
é longa e difícil, reclama às vezes mais de uma existência. Por isso, nunca é
cedo demais para empreendê-las; seus bons efeitos não tardarão a se fazer
sentir.” (Página 340 / 341)
Um comentário:
Reconheço que todo espírita deveria fazer a Reforma Íntima diária, a todo momento, pois já tem o entendimento que a evolução é nosso destino. Mas que essa evolução não ocorre sem nosso esforço e dedicação!
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