terça-feira, 9 de setembro de 2014

Todo espírita faz a reforma íntima

Os espíritas têm executado diariamente como primeiro passo para a efetivação da reforma íntima, a realização das indagações à consciência sugeridas por Agostinho, conforme encontram-se alinhadas na questão 919-A de O Livro dos Espíritos. Sugerimos aqui, o segundo passo que consiste em seguir o conselho de Léon Denis para a renovação mental. 

No livro O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Léon Denis diz:
“Olhemos atentamente para o fundo de nós mesmos, fechemos nosso entendimento às coisas externas e, depois de havermos habituado nossos sentidos psíquicos à escuridade e ao silêncio, veremos surgir luzes inesperadas, ouviremos vozes fortificantes e consoladoras.(Página 311)
“Por que meio poremos em movimento as potências internas e as orientaremos para um ideal elevado? Pela vontade! O uso persistente, tenaz, desta faculdade soberana permitir-nos-á modificar a nossa natureza, vencer todos os obstáculos, dominar a matéria, a doença e a morte.” (Página 312)
“É pela vontade que dirigimos nossos pensamentos para um alvo determinado.”(Página 312)
“Ela (a vontade) pode agir tanto no sono como na vigília, porque a alma valorosa, que para si mesma estabeleceu um objetivo, procura-o com tenacidade em ambas as fases de sua vida e determina uma corrente poderosa, que mina devagar e silenciosamente todos os obstáculos.” (Página 313)
 “Basta-vos querer para sentirdes o despertar em vós de forças desconhecidas. Crede em vós, em vosso rejuvenescimento em novas vidas; crede em vossos destinos imortais. Crede em Deus. Sol dos sóis, foco imenso, do qual brilha em vós uma centelha, que se pode converter em chama ardente e generosa!” (Página 320)

        “Falamos incidentemente do método a seguir para o desenvolvimento dos sentidos psíquicos. Consiste em insular-se uma pessoa em certas horas do dia ou da noite, suspender a atividade dos sentidos externos, afastar de si as imagens e ruídos da vida externa, o que é possível fazer mesmo nas condições sociais mais humildes, no meio das ocupações vulgares. É necessário, para isso, concentrar-se e, no calmo recolhimento do pensamento fazer um esforço mental para ver e ler no grande livro misterioso o que há em nós. Nesses momentos apartai de vosso espírito tudo o que é passageiro, terrestre, variável. As preocupações de ordem material criam correntes vibratórias horizontais, que põem obstáculos às radiações etéreas e restringem nossas percepções. Ao contrário, a meditação, a contemplação e o esforço constante para o bem e o belo formam correntes ascensionais, que estabelecem a relação com os planos superiores e facilitam a penetração em nós dos eflúvios divinos. Com este exercício repetido e prolongado, o ser interno acha-se pouco a pouco iluminado, fecundado, regenerado. Esta obra de preparação é longa e difícil, reclama às vezes mais de uma existência. Por isso, nunca é cedo demais para empreendê-las; seus bons efeitos não tardarão a se fazer sentir.” (Página 340 / 341)

    

Um comentário:

Anônimo disse...

Reconheço que todo espírita deveria fazer a Reforma Íntima diária, a todo momento, pois já tem o entendimento que a evolução é nosso destino. Mas que essa evolução não ocorre sem nosso esforço e dedicação!