sábado, 9 de novembro de 2013

Finalidades do Centro Espírita

            Operar a propagação da Doutrina Espírita para a renovação do homem, eis a função       essencial do Centro Espírita, cujas finalidades derivam da sua natureza de núcleo de estudo, fraternidade, oração e trabalho, com base no Evangelho de Jesus interpretado à luz da Doutrina Espírita.

O Centro deve ser a casa da grande família, onde as crianças, os jovens, os adultos e os mais idosos tenham a oportunidade de conviver, estudar e trabalhar. Os Centros mais estáveis são aqueles em que a família inteira 
parti­cipa, em que as atividades dos adultos, dos jovens e das crianças são integradas. Esses Centros formam assim a grande família, que é a reunião das famílias que neles trabalham.


Como escola da alma que deve ser, onde a oração está presente no processo, cabe ao Centro Espírita promover a educação integral do ho­mem, o estudo sistematizado da Doutrina Espírita e do Evangelho, a evangelização da criança à luz da Doutrina Espírita, a integração do jovem nas tarefas da Casa, o estudo da mediunidade, o atendimento
fra­terno às pessoas que procuram o Centro e a implantação do culto do Evangelho no lar.


O Centro tem por fim o homem espiritual, antes do homem físico, preparando-o para ser um homem de bem no meio social em que atue. O estudo sistematizado é excelente instrumento de formação de recursos humanos necessários à Casa. O estudo da mediunidade visa oferecer orientação segura para as atividades mediúnicas. O diálogo com as pes­soas, o contato direto com os participantes do Centro, para sabermos o que eles desejam fazer, é uma atividade indis­pensável.


O Centro Espírita é também um posto de socorro material e espiri­tual. Seu trabalho no campo assistencial tem por base o lema: "Fora da caridade não há salvação". Nesse sentido, cabe à Casa espírita promo­ver o serviço de assistên­cia social espírita, assegurando suas carac­terísticas beneficentes, preventivas e promocionais, conjugando a ajuda material e a espiritual e fazendo com que este serviço se desen­volva concomitantemente com o atendimento às necessi­dades de evangeli­zação.


Se o Espiritismo é combatido pelas diferentes religiões cristãs no que diz respeito à Doutrina, é tolerado, res­peitado e até ajudado no campo da assistência social, onde desenvolve um trabalho importante. Temos de compreender, contudo, que a caridade, tal como conceituada no item 886 d' O Livro dos Espíritos -- benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições dos outros, perdão das ofensas -- constitui algo que transcende a esmola e o mero assistencialismo. Na tarefa espírita, devemos ter em conta que a meta é a evangelização da pessoa; as demais atividades são meios.


Ao promover o serviço de assistência social espírita, o Centro incorpora-se à vida da comunidade, coopera com o poder público e concorre para amenizar e minimizar os problemas sociais e o sofrimento dos menos afortunados. É mais espiritual que material essa assistência, porque visa ensinar o indivíduo a pescar e não apenas dar-lhe o peixe. O espírita não é melhor que os outros: o espírita é apenas diferente no enfoque dos problemas humanos, pois o verda­deiro espírita quer servir, não servir-se, e sabe  que os indivíduos maus estão exercendo seu livre arbítrio contra os outros, agravando o seu futuro, enquanto  os bons exercem seu livre arbítrio a favor dos outros.
 Do: Seminário " O Centro Espírita e suas Dimensões Espirituais" - Coordenador: Astolfo Olegário de  Oliveira Filho

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