Lembra-te da esperança para que
a tua caridade não se faça incompleta.
Darás ao faminto, não somente a
côdea de pão que lhe mitigue a fome, mas também o carinho da palavra
fraterna, com que se lhe restaurem as energias.
Não apenas entregarás ao
companheiro, abandonado à intempérie, a peça que te sobra ao vestiário
opulento, mas agasalhá-lo-ás em teu sorriso espontâneo a fim de que se reerga
e prossiga adiante, revigorado e tranqüilo.
Não olvides a paciência divina
com que somos tolerados a cada hora.
Qual acontece ao campo da
natureza, em que o Sol mil vezes injuriado pela treva, mil vezes responde com
a bênção da luz, dentro de nossa vida, assinalamos a caridade infinita de
Deus, refazendo-nos a oportunidade de servir e aprender, resgatar e sublimar
todos os dias.
Não te faças palmatória dos
próprios irmãos, aos quais deves a compreensão e a bondade de que recebes as
mais elevadas quotas do Céu, na forma de auxílio e misericórdia, em todos os
instantes da experiência.
Não profiras maldição nem
espalhes o tóxico da crítica, no obscuro caminho em que jornadeiam amigos
menos ditosos, ainda incapazes de libertarem a si mesmos das algemas da
ignorância.
Recorda que Jesus nos chamou à
senda terrestre para auxiliar e salvar, onde muitos já desertaram da
confiança no eterno bem.
Seja onde for e com quem for,
atende à esperança para que o mundo conquiste a vitória a que se destina.
Aliviar com azedume é alargar a
ferida de quem padece e dar com reprimendas é envolver o socorro em repulsivo
vinagre de desânimo ou desespero.
À maneira de raio solar que
desce à furna cada manhã, restaurando o império da luz, sem reclamação e sem
mágoa, sê igualmente para os que te rodeiam a permanente mensagem do amor que
tudo compreende e tudo perdoa, amparando e auxiliando sem descansar, porque
somente pela força do amor alcançaremos a luz imperecível da vida.
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Xavier, Francisco Cândido. Da
obra: Caridade.
Ditado pelo Espírito Emmanuel. |
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
CARIDADE E ESPERANÇA
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