quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A DISCIPLINA DO PENSAMENTO E A REFORMA DO CARÁTER - Léon Denis


O pensamento é criador. Não atua somente ao redor de nós, influenciando nossos semelhantes para o bem ou para o mal; age sobretudo em nós. Gera nossas palavras, nossas ações, e com ele construímos, a cada dia, o edifício grandioso ou miserável de nossa vida presente e futura. Modelamos nossa alma e seu envoltório com os nossos pensamentos; estes produzem formas, imagens que se imprimem na matéria sutil de que o corpo fluídico é formado. Assim, pouco a pouco, nosso ser se povoa de formas frívolas ou austeras, graciosas ou terríveis, grosseiras ou sublimes; a alma se enobrece, se adorna de beleza
ou cria uma atmosfera de feiúra.

Não há assunto mais importante  do que o estudo do pensamento, de seus poderes, de sua ação. Ele é a causa inicial de nossa elevação ou de nosso rebaixamento; prepara todas as descobertas da ciência, todas as maravilhas da arte, mas também todas as misérias e todas as vergonhas da humanidade.
Conforme a impulsão que lhe é dada, funda ou destrói as instituições como os impérios, os caracteres como as consciências. O homem só é grande, só tem valor pelo seu pensamento; é por ele que suas obras radiantes se perpetuam no decorrer dos séculos.
A Doutrina Espírita, muito melhor do que todas as doutrinas, nos permite perceber, compreender melhor toda a força da projeção do pensamento. É o princípio da comunhão universal.
Vemos o pensamento agir no fenômeno espírita, facilitando-o ou dificultando-o; seu papel nas sessões espíritas é sempre considerável. A telepatia nos demonstrou que as almas podem impressionar-se, influenciar-se a quaisquer distâncias. É o meio de que se servem as humanidades do espaço para se comunicar entre si  através das imensidades siderais. Em todos os campos das atividades sociais, em todos os domínios do mundo visível ou invisível, a ação do pensamento é soberana. Não é menor sua ação, repetimos, em nós mesmos, modificando constantemente nossa natureza íntima.
As vibrações de nossos pensamentos, de nossas palavras, ao se renovarem no sentido sublime, nobre e uniforme, expulsam de nós os elementos que não podem vibrar em harmonia com elas; atraem elementos similares que acentuam as tendências do ser. Uma obra, muitas vezes inconsciente, elabora-se;
mil obreiros misteriosos trabalham na sombra; nas profundezas da alma, todo um destino se esboça; em sua ganga o diamante oculto se purifica ou perde o brilho.
Se meditarmos sobre assuntos elevados, sobre a sabedoria, o dever, o sacrifício, nosso ser se impregna pouco a pouco das qualidades de nosso pensamento. Eis por que a prece improvisada, ardente, o impulso da alma para as potências infinitas, tem tanta virtude. Nesse diálogo solene do ser com a sua causa, uma
ligação com o alto nos invade, e sentimentos novos despertam.
A compreensão, a consciência da vida aumentam e sentimos, melhor do que se pode exprimir, a nobreza e a grandeza até da mais humilde das existências. A prece, a comunhão pelo pensamento com o universo espiritual e divino, é o esforço da alma para a beleza e a verdade eternas; é a entrada por um instante
nas esferas da vida real e superior, a vida que não tem limites.
Se, ao contrário, nosso pensamento é inspirado pelos maus desejos, pela paixão, pela inveja, pelo ódio, as imagens que cria sucedem-se, acumulam-se em nosso corpo fluídico e o tornam tenebroso. Assim, podemos, à vontade, fazer em nós a luz ou a sombra.
Somos o que pensamos e por essa razão devemos pensar com força, vontade, persistência. Mas quase sempre nossos pensamentos passam constantemente de um assunto a outro. Pensamos raramente por nós mesmos, refletimos os mil pensamentos incoerentes do meio em que vivemos. Assim criamos um envoltório povoado das mais disparatadas formas. Nosso Espírito é como uma uma casa aberta a todos os que passam. Os raios do bem e as sombras do mal se confundem num caos perpétuo. É o incessante combate da paixão e do dever em que, quase sempre, a paixão sai vitoriosa. Antes de tudo, é preciso aprender a controlar nossos pensamentos, a discipliná-los, a lhes imprimir uma direção precisa, um objetivo nobre e digno.
O domínio dos pensamentos acarreta o controle dos atos, porque se uns são bons, outros o serão igualmente, e toda a nossa conduta se encontrará regulada por um encadeamento harmônico. Porém, se nossos atos são bons e nossos pensamentos maus, pode haver aí apenas uma falsa aparência do bem, e
continuaremos a trazer em nós um foco malfazejo, cujas influências se farão sentir cedo ou tarde, fatalmente, sobre nossa vida.
LÉON DENIS -    O Problema do Ser, do destino e da dor.

7 comentários:

Unknown disse...

goxtei

Unknown disse...

nada fazem pra qui nada aconteca com vosco porki tudo e igual

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