Vemos através dos ensinos dos Espíritos que a igualdade das riquezas só seria
possível se fosse acompanhada da igualdade do grau evolutivo e aptidões entre
todos, o que seria impossível, pois cada um tem sua própria experiência e
visão, neste estágio da vida, neste planeta.
No Livro dos Espíritos,
questão 804, os Espíritos asseveram que: “Deus criou todos os espíritos
iguais, mas cada um viveu mais ou menos tempo e, por conseguinte, realizou mais
ou menos aquisições; a diferença está no grau de experiência e na vontade, que
é o livre arbítrio: daí decorre que uns se aperfeiçoam mais rapidamente, o que
lhes dá aptidões diversas”.
A Doutrina Espírita não condena a riqueza, mas
sim a forma como ela é adquirida e utilizada. Quando adquirida pelo trabalho
lícito, sem que ninguém seja prejudicado, a riqueza é um merecimento.
Também é importante salientar,
que a riqueza material por parte de alguns, é um meio pelo qual Deus se
utiliza, para que os mais simples, carentes, sejam por eles alcançados, suprindo
suas necessidades.
A diversidade das existências,
nos leva a provar como agimos ora em situação de miséria, ora em situação de
riqueza, pois ambas são bastante difíceis.
Se houvesse uma única existência
do Espírito na carne, nada justificaria esse estado de coisas na Terra, mas se
considerarmos não só a vida atual, mas o conjunto das existências, veremos que
tudo se equilibra com justiça, por isso o pobre não tem motivos para invejar o
rico, e nem os ricos de se vangloriarem pelo que possuem. Conforme disse Jesus: “onde
estiver o seu tesouro, ali estará o seu coração”, Ele não veio até nós para
julgar ou dividir, veio abrir o caminho para nós, desejando a união entre os
pobres e os ricos, e por isso nos ensinou a caridade, onde pobres e ricos,
irmanados, encontrarão oportunidade de segui-lo.
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